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Proteína do futuro: larvas com açúcar têm sabor parecido com o da carne

Por  • Editado por Luciana Zaramela |  • 

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Jirkaejc/Envato
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Esqueça a ideia de que insetos são seres nojentos e sujos. Buscando formas de adicionar fontes extras de proteína na alimentação, uma equipe de pesquisadores sul-coreanos testou diferentes preparos para as larvas-da-farinha e chegou a um sabor “semelhante à carne”, quando adicionaram açúcar na receita.

Por enquanto, o estudo dos pesquisadores da Universidade Wonkwang, na Coreia do Sul, é apenas experimental e estas larvas ainda não estão prontas para entrar no mercado, mas pode ser um caminho interessante para a indústria alimentícia, apontam os pesquisadores.

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As conclusões do experimento com larvas como fonte de proteína foram apresentadas no encontro de outono da American Chemical Society (ACS) e, em breve, serão publicadas em uma revista científica.

Quais os benefícios do consumo de larvas?

“Recentemente, comer insetos se tornou interessante devido ao custo crescente da proteína animal, bem como as questões ambientais associadas”, explica In Hee Cho, o principal autor do estudo e pesquisador da Universidade Wonkwang, em comunicado.

Além disso, em 2100, a população mundial deve chegar a quase 11 bilhões de pessoas e, neste contexto, a criação de animais de grande porte para o consumo pode se tornar inviável, o que abre caminho para novas oportunidades na área da nutrição.

“Os insetos são uma fonte alimentar nutritiva e saudável, com grandes quantidades de ácidos graxos, vitaminas, minerais, fibras e proteínas de alta qualidade, como a da carne”, acrescenta Cho.

E o nojo de comer insetos?

Apesar dos planos futuros, hoje, a maior parte da população mundial vê os insetos e as larvas com nojo. Também é possível pensar fontes extras de proteína a partir do leite em pó ou ainda de frutas, o que é mais palatável para uma parcela significativa de pessoas.

Para mudar esta concepção, Cho sugere ser necessário pensar em novas apresentações para larvas como uma fonte extra de proteína e camuflar seus aspectos mais característicos através de temperos ou outros aditivos.

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Em testes, as larvas-da-farinha cozidas no vapor apresentaram aromas que lembravam o cheiro do milho. Quando foram assadas ou fritas, o aroma era semelhante ao do camarão no óleo. Para os pesquisadores, nenhuma das duas experiências gustativas eram interessantes. Então, aqueceram as larvas com açúcar e o conjunto de sabores foi “semelhantes à carne”, segundo Cho.

De acordo com a equipe de cientistas, esta é a primeira vez que as larvas são usadas para produzir sabores de reações desejáveis. Agora, o próximo passo é otimizar ainda mais os processos de cozimento para reduzir quaisquer sabores potencialmente indesejáveis​, ​através do estudo sobre o preparo de larvas.

Apesar dos benefícios do consumo de proteínas numa dieta saudável, o excesso pode se tornar prejudicial para o organismo e também é capaz de transformar a urina em um tipo de poluente. Nesse caso, a melhor opção é o equilíbrio.

Fonte: ACS