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Proteína ajuda a prever diabetes tipo 2 muitos anos antes do diagnóstico

Por| Editado por Luciana Zaramela | 11 de Novembro de 2021 às 15h20

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Polina Tankilevitch/Pexels
Polina Tankilevitch/Pexels

Como a maioria das doenças, o diagnóstico precoce do diabetes pode ser decisivo para evitar complicações. Em busca de possíveis marcadores do diabetes tipo 2 no sangue, uma equipe de pesquisadores da Suécia identificou uma proteína, a foliestatina, que pode, potencialmente, prever a doença até 19 anos antes. A descoberta ainda não é aplicada na prática.

Publicado na revista científica Nature Communications, o estudo foi conduzido por cientistas da Universidade de Lund e, caso seja demonstrada a eficácia desse novo marcador do diabetes, será possível reverter o aumento mundial de casos da doença.

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Nos dois últimos anos, o aumento de casos do diabetes, independente do tipo, foi de 16%, segundo a Federação Internacional de Diabetes. Inclusive, esta é uma epidemia crescente em diferentes pontos do globo. É estimado que, hoje, 10,5% da população mundial adulta sofra com a doença, mas o diagnóstico é desconhecido por muitos.

No caso do diabetes tipo2, o risco de desenvolvê-lo pode ser bastante reduzido pelo controle de peso, alimentação saudável e prática de exercícios antes da manifestação real da doença. Com os estudos da Universidade de Lund, a detecção precoce poderá minimizar ainda mais a possibilidade das complicações de saúde.

Proteína é biomarcador do diabetes tipo 2

Durante o estudo, foram acompanhados 5.318 voluntários, vindos de diferentes locais da Suécia ou da Finlândia. O tempo de acompanhamento de cada indivíduo recrutado variou de quatro até 19 anos. Após analisar possíveis biomarcadores da doença, os pesquisadores chegaram até a proteína.

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"Descobrimos que os níveis mais elevados da proteína foliestatina que circula no sangue podem prever o diabetes tipo 2 até 19 anos antes do início da doença, independentemente de outros conhecidos fatores de risco", explica Yang De Marinis, professor associado da Universidade de Lund e principal autor do estudo. Entre os fatores de risco mencionados, estão: idade; índice de massa corporal (IMC); dieta alimentar; e frequência de atividades físicas.

Vale explicar que a folistatina é uma proteína secretada, principalmente, pelo fígado e atua na regulação do metabolismo. Durante a análise, os pesquisadores investigaram o que acontece com o corpo quando a folistatina na circulação sanguínea fica muito alta.

Nesse processo, a equipe descobriu que a folistatina promove a quebra da gordura do tecido adiposo, resultando no aumento do acúmulo de lipídios no fígado. Como resultado, isso aumenta tanto o risco da doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) quanto do diabetes tipo 2.

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Próximos passos da descoberta contra o diabetes

"Este estudo mostra que a folistatina tem o potencial de se tornar um biomarcador importante para prever, no futuro, o diabetes tipo 2 e também nos leva para mais perto da compreensão dos mecanismos por trás da doença", completou o cientista Marinis.

Agora, a equipe de pesquisadores precisa validar a descoberta sobre o diabetes tipo 2 através do uso clínico, em exames. Para essa tarefa, a startup de biotecnologia Lundoch Diagnostics trabalha no desenvolvimento de uma ferramenta de diagnóstico, baseada em Inteligência Artificial (IA), que usa a folistatina como biomarcador.

Para acessar o estudo completo sobre o diabetes tipo 2, publicado na revista científica Nature Communications, clique aqui.

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Fonte: MedicalXpress