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10,5% dos adultos do mundo vivem com diabetes, mas nem todos sabem da condição

Por| Editado por Luciana Zaramela | 08 de Novembro de 2021 às 14h42

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Twenty20photos/Envato Elements
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O número de pessoas que vivem com diabetes segue em movimento crescente, segundo dados levantados para a 10ª edição do Atlas de Diabetes da IDF (Federação Internacional de Diabetes). Hoje, 10,5% dos adultos — cerca de 537 milhões de pessoas — vivem com a doença em todo o mundo. O crescimento da condição nos últimos dois anos foi de 16%, o que representa mais de 74 milhões casos.

O diabetes está em evolução crescente “e não foi contido, até agora, por nenhuma tomada de ação, de decisão, em relação à doença”, afirma a endocrinologista Rosane Kupfer, presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes - Regional do Rio de Janeiro (SBD-RJ). Na última edição, a proporção de pessoas com diabetes era que uma em cada 11 pessoas adultas do mundo vivessem com o diabetes.

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Do total de adultos que vivem com diabetes, 44,7% desconhecem o seu diagnóstico. Em outras palavras, estas pessoas vivem sem o controle da doença e, muito provavelmente, nunca mediram o nível de glicose. Nessas circunstâncias, a doença e as complicações do quadro podem ser fatais.

Tendência é que número de diabéticos cresça ainda mais

Segundo as projeções da IDF, se o cenário do diabetes não for aletrado e novas políticas de saúde globais não forem implementadas, o crescimento da doença continuará. A previsão é que o número total aumente para 643 milhões (11,3%) até 2030 e para 783 milhões (12,2%) até 2045.

Em 2021, é estimado que 6,7 milhões de adultos morram em consequência da doença e/ou suas complicações, o que é causado pelo descontrole da condição. Em paralelo, o Atlas do Diabetes indica que 81% dos adultos com a doença vivem em países em desenvolvimento. Isso significa que, nem sempre, o tratamento adequado está disponível para o paciente e este é um fator decisivo para ter qualidade de vida.

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Ainda em 2019, o número de brasileiros com diabetes já era de 16,8 milhões. “Essa não é uma estimativa de gente que está se tratando, mas de gente que tem diabetes”, lembra a endocrinologista. “É muita gente, quase 20 milhões”, reforça. Até o momento, não foi divulgada a taxa de crescimento da doença nacionalmente.

Diabetes: o rápido diagnóstico é fundamental

“As péssimas escolhas alimentares que o mundo está fazendo, principalmente esse estilo de vida ocidental, onde se vê que está aumentando muito a obesidade, muita gente com sobrepeso, muita gente com pré-diabetes, que é uma categoria de altíssimo risco para ficar diabética”, explica a endocrinologista sobre fatores que contribuem para o aumento de casos.

De acordo com a médica, indivíduos com alto risco para diabetes devem fazer exame anual acima dos 35 anos. Nesse grupo, estão os seguintes perfis de pacientes: pessoa com casos diagnosticados da doença na família; indivíduos hipertensos; pessoas com sobrepeso ou obesidade; e mulheres que tiveram diabetes na gestação.

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Agora, a pessoa que não tem nenhum fator de risco deve fazer, anualmente, o exame da glicemia após os 45 anos. “Tem que fazer exame de sangue, porque diabetes é uma doença que não apresenta sintomas, pelo menos no início. Isso não quer dizer que ela não esteja fazendo mal por dentro [do organismo]”, afirma Kupfer.

Até o momento, o diabetes não tem cura, mas existem tratamentos para o controle e estabilidade da doença. "Quanto mais precoce o diagnóstico e o controle, menos problemas a pessoa vai ter”, destaca a médica. Sem controle, o paciente pode apresentar problemas cardiovasculares — a principal causa de mortalidade na doença —, por exemplo. Além disso, é comum o surgimento de problemas renais, arteriais e de visão, podendo chegar até a cegueira.

Vale destacar que o Atlas do Diabetes completo será publicado no dia 6 de dezembro. Nele estarão disponíveis mais detalhes sobre a evolução da doença, inclusive entre os países.

Fonte: IDF Agência Brasil