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Primeiro lote da vacina russa contra a COVID-19 deve estar pronto em setembro

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Karolina Grabowska/Pexels
Karolina Grabowska/Pexels

Na corrida contra a pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2), a Rússia planeja iniciar a vacinação, pelo menos de parte de sua população, no próximo mês. Segundo o ministro da Saúde russo, Mikhail Murashko, o primeiro lote da vacina contra a COVID-19, conhecida como Sputnik V, está previsto para setembro.

Se tudo correr conforme o programado, a Rússia será o primeiro país a iniciar campanhas de vacinação contra o coronavírus no mundo. Isso porque o país também foi o primeiro a aprovar uma fórmula imunizante contra a COVID-19 de forma emergencial, antes mesmo de ter concluído os estudos clínicos.

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Conforme o anunciado nesta segunda-feira (31), o foco da campanha serão, em primeiro lugar, os profissionais de saúde e professores, sempre de forma voluntária, com o imunizante desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, sediado em Moscou.

De acordo com Mikhail Murashko, a produção da vacina acontecerá de forma paralela ao monitoramento e os testes de eficácia da vacina, processo conhecido como a fase 3 dos estudos clínicos. Para estes testes, já foram recrutadas cerca de 2,5 mil pessoas.

“Quanto à vacinação contra o coronavírus, neste momento, simultaneamente, o aumento da produção e a observação pós-registro estão em andamento. Em primeiro lugar, claro, as vacinas serão fornecidas para profissionais de saúde e professores, e isso [a vacinação] será, absolutamente, voluntária", comentou o ministro da Saúde russo.

Testes da vacina

Mais cinco países devem participar dos testes de eficácia da vacina Sptunik V, segundo informações do RDIF (Fundo de Investimento Direto Russo), que coordena a produção do medicamento. Entretanto, a instituição ainda não detalhou quais seriam esses países e nem quantos voluntários seriam incluídos na nova etapa.

O que se sabe sobre a fase 3 dos testes da vacina é que cerca de 40 mil voluntários devem receber o imunizante, incluindo os 2,5 mil já anunciados. Nesta etapa, é a eficácia e a segurança da vacina que será testada em larga escala, ou seja, em milhares de voluntários. Para o estudo comparativo, cerca de 30 mil voluntários devem receber a vacina, enquanto os outros (10 mil) receberão um placebo, formando o grupo controle.

Mais pesquisas

Além da Sptunik V, a Rússia anunciou, durante a semana passada, que estudo a aprovação de uma outra vacina contra o coronavírus, ainda em fase de testes também. Esse segundo imunizante contra a doença, desenvolvido pelo centro de pesquisa Vektor, em Koltsovo, deve ter seus resultados divulgados em setembro, conforme autoridades russas anunciaram.

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Com as duas vacinas, o país planeja alcançar níveis máximos de produção do imunizante entre novembro e dezembro deste ano. "É por isso que acredito que atingiremos os volumes máximos em novembro e dezembro. Precisamos separar a inoculação contra a gripe e contra a infecção por coronavírus", completou o ministro da Saúde russo.

Fonte: G1