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Primeira vacina contra VSR que protege bebês no útero é aprovada no mundo

Por| Editado por Luciana Zaramela | 23 de Agosto de 2023 às 12h13

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RossHelen/Envato
RossHelen/Envato

Nesta semana, os Estados Unidos se tornaram o primeiro país a aprovar uma vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR) para mulheres grávidas, com a capacidade comprovada de proteger bebês no útero. Os anticorpos da mãe são transferidos para os pequenos e a imunidade contra formas graves da infecção permanece até pelo menos os primeiros seis meses, segundo os estudos clínicos.

Com aval da agência Food and Drug Administration (FDA) — com função similar a da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) —, a primeira vacina contra VSR para grávidas recebe o nome de Abrysvo e foi desenvolvida pela farmacêutica norte-americana Pfizer. O imunizante em dose única pode ser aplicado entre a 32ª e a 36ª semana de gravidez.

Por que uma vacina contra as infecções pelo VSR em bebês?

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Entre os vírus respiratórios, o VSR é um dos mais comuns e causa infecções em indivíduos de todas as faixas etárias. No entanto, “os bebês estão entre aqueles com maior risco para a forma grave da doença, que pode levar à hospitalização", explica Peter Marks, diretor do Centro de Avaliação e Pesquisa Biológica da FDA, em comunicado.

Entre os problemas, está o fato da infecção por VSR ser a causa mais frequente de doenças do trato respiratório inferior em lactentes em todo o mundo, segundo a FDA. Isso indica que o nível de exposição dos bebês é potencialmente alto, o que implica em um risco aumentado para pneumonia e bronquiolite.

Nos estudos clínicos envolvendo cerca de 7 mil gestantes, os pesquisadores descobriram que a vacina da Pfizer reduziu as formas graves da infecção pelo VSR em 82% dos bebês com até 3 meses e em 69% até os 6 meses.

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Efeitos colaterais da vacina contra VSR

De forma geral, os efeitos adversos mais comuns da vacina Abrysvo contra VSR para as gestantes foram:

  • Dor no local da injeção;
  • Dor de cabeça;
  • Dor muscular;
  • Náuseas e vômitos.

Além disso, os dados de segurança indicaram a incidência levemente mais alta de pré-eclâmpsia — aumento da pressão arterial durante a gestação — em 1,8% das mulheres vacinadas, em comparação com 1,4% das que receberam um placebo. Outros possíveis efeitos adversos raros são o risco aumentado do bebê nascer com baixo peso e os casos de icterícia. Todos esses possíveis efeitos adversos serão investigados em estudos complementares.

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Mais formas para prevenir e tratar infecção pelo VSR

Aqui, é importante destacar que a vacina contra VSR da Pfizer é destinada para gestantes. Enquanto disso, o imunizante Arexvy, da farmacêutica britânica GSK, é indicado para idosos na prevenção da infecção pelo vírus respiratório.

Recentemente, as autoridades norte-americanas também aprovaram um novo tratamento com anticorpos desenvolvido pelas empresas Sanofi e AstraZeneca, o Beyfortus, como terapia preventiva contra o VSR para bebês e crianças pequenas.

Fonte: FDA