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Por que países europeus estão evitando a vacina de Oxford para idosos?

Por| 03 de Fevereiro de 2021 às 22h00

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Lucrezia Carnelos/Unsplash
Lucrezia Carnelos/Unsplash

Nos últimos dias, uma série de países europeus têm alertado para a falta de dados clínicos sobre a segurança da vacinação de pessoas com mais de 65 anos contra a COVID-19, especificamente com o imunizante de Oxford. Desenvolvido pela farmacêutica AstraZeneca e pela Universidade de Oxford, nesta terça-feira (2), a fórmula contra o novo coronavírus (SARS-CoV-2) também teve seu uso restringindo na França, conforme informou a agência de saúde francesa. 

De acordo com a Agence Nationale d'Accréditation et d'Evaluation en Santé (ANAES), a vacina de Oxford só deve ser aplicada em pessoas com menos de 65 anos, enquanto os dados sobre segurança em pacientes com idade mais avançada são aguardados. “Esses dados chegarão nas próximas semanas. Enquanto isso, recomendamos seu uso para menores de 65 anos”, afirmou a ANAES. Dessa forma, a vacina de Oxford é recomendada, prioritariamente, para profissionais de saúde e para pessoas vulneráveis ​​com idades entre 50 e 65 anos.

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Vacina de Oxford na UE

Na última sexta-feira (29), a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) recomendou a aprovação da vacina de Oxford contra a COVID-19 para pessoas com mais de 18 anos, incluindo idosos, na União Europeia (UE). No grupo, este foi o terceiro imunizante a ser liberado para uso, além da fórmula da Pfizer-BioNTech e da Moderna. No entanto, essa orientação geral não impede que cada país membro da UE defina suas próprias políticas de imunização, como aconteceu na França.

Ainda na semana passada, a comissão de vacinas da Alemanha afirmou que não recomendaria o uso desta vacina em pessoas com mais de 65 anos. A Áustria também seguiu o mesmo direcionamento. Nesta terça-feira também, as autoridades de saúde da Suécia e da Polônia fizeram anúncios semelhantes. Na Itália, o imunizante só é recomendado para adultos com menos de 55 anos. Entre as agências reguladoras, é usado o mesmo argumento de que poucos indivíduos com essa condição foram incluídos no estudo de Fase 3 da vacina. 

E no Reino Unido?

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Por outro lado, o Reino Unido adota a vacina de Oxford em seu programa de imunização contra a COVID-19, em massa, há semanas, sem restrições em decorrência da idade. Segundo as autoridades de saúde do Reino Unido, a fórmula é segura e oferece "altos níveis de proteção" para todas as idades. Inclusive, nenhum voluntário foi hospitalizado após receber o imunizante ou contraiu um caso grave da infecção, após imunizado, durante os estudos clínicos

Mesmo que EMA tenha observado, durante a liberação do imunizante na UE, que a maioria dos participantes dos estudos clínicos tinham menos de 55 anos, a fórmula foi liberada para todos os públicos com mais de 18 anos. Isso porque "se espera proteção [contra o coronavírus], visto que se observa uma resposta imunológica nesta faixa etária e com base na experiência com outras vacinas", afirmou a agência. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também autorizou, de forma emergencial, o uso da fórmula em pessoas maiores de 18 anos, sem restrições de idade.

De acordo com a farmacêutica AstraZeneca, um estudo está sendo conduzido nos Estados Unidos e fornecerá, em breve, os dados adicionais sobre a eficácia da vacina de Oxford em adultos mais velhos. Neste momento, as restrições devem ser relaxadas para ampliar o público imunizado.

Fonte: BBC