Poluição por combustíveis fósseis reduz fertilidade, segundo estudo
Por Nathan Vieira • Editado por Luciana Zaramela |
A poluição causada pela queima de combustível fóssil está interligada com a queda nas taxas de fertilidade. Essa foi a conclusão tirada por uma revisão publicada na revista científica Nature Reviews Endocrinology nesta quarta-feira (15).
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Segundo o artigo, essa queda nas taxas de fertilidade surgiu no início da industrialização, e a tendência pode levar a um desequilíbrio demográfico. A equipe menciona taxas crescentes de infertilidade humana devido a razões biológicas, incluindo 74 mil casos anuais de câncer testicular, redução na qualidade de espermatozoides e óvulos e aumento no número de malformações congênitas.
A revisão relembra que os combustíveis fósseis já foram encontrados no sangue, urina, sêmen, placenta, leite materno e tecido adiposo dos seres humanos, e que muitos poluentes de combustíveis fósseis interferem nos sistemas hormonais do corpo e têm um efeito negativo na saúde reprodutiva.
A revisão aponta que em alguns estudos científicos anteriores, roedores chegaram a passar por mudanças genéticas que afetam as habilidades reprodutivas, uma vez expostos à desregulação endócrina por produtos químicos tóxicos.
Experimentos feitos anteriormente apontaram que a reprodutividade feminina e masculina é afetada de maneira diferente, ainda que diante dos mesmos níveis de exposição. Segundo os pesquisadores, o início da gestação é um período particularmente sensível para a exposição a poluição por combustíveis fósseis.
Fonte: Nature Reviews Endocrinology