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Pneumonia: complicações da COVID-19 podem levar a uso abusivo de antibióticos

Por| Editado por Luciana Zaramela | 23 de Agosto de 2021 às 13h40

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HalGatewood/Unsplash
HalGatewood/Unsplash

Um novo estudo da Northwestern University (EUA) destacou que 21% dos pacientes com pneumonia grave causada pelo SARS-CoV-2 (o vírus que causa COVID-19) têm uma superinfecção bacteriana documentada no momento da intubação, o que pode resultar em potencial uso excessivo de antibióticos.

Segundo o estudo, a superinfecção ocorre quando outra infecção se sobrepõe à primeira. Neste caso, a pneumonia bacteriana ocorre durante a pneumonia viral grave, complicando ainda mais o quadro. O estudo mostra que os critérios clínicos usados ​​para diagnosticar a pneumonia bacteriana não conseguiram distinguir entre aqueles com superinfecção bacteriana e aqueles com infecção grave por SARS-CoV-2.

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De acordo com os autores, as diretrizes atuais — que recomendam que os pacientes com pneumonia por SARS-CoV-2 recebam antibióticos administrados com base na presunção de infecção, em vez da detecção real de uma bactéria  — são baseadas em "evidências fracas". As taxas de pneumonia de superinfecção em outros ensaios clínicos publicados de pacientes com pneumonia por SARS-CoV-2 são inesperadamente baixas.

A equipe conduziu um estudo observacional de braço único na Northwestern University para determinar a prevalência e a causa da superinfecção bacteriana no momento da intubação inicial. Os autores descobriram que em pacientes com pneumonia causada pela COVID-19 (SARS-CoV-2) que requerem ventilação mecânica, a superinfecção bacteriana no momento da intubação ocorreu em menos de 25%  dos casos. A escolha de antibióticos com base em diretrizes no momento da intubação teria resultado em um uso excessivo desses remédios. 

O estudo foi financiado pelo National Institutes of Health e pode ser acessado completo aqui.

Fonte: News Medical