Plano SP contra COVID-19: saiba o que abre e fecha durante a Fase Emergencial
Por Fidel Forato | Editado por Luciana Zaramela | 06 de Março de 2021 às 08h00
A partir da próxima segunda-feira (15), todo o estado de São Paulo entrará para a Fase Emergencial — até então inédita e considerada a mais severa e restritiva — do plano de contingenciamento contra o novo coronavírus (SARS-CoV-2). Atualmente, São Paulo enfrenta o pior momento da COVID-19 desde a chegada do agente infeccioso na capital, em fevereiro de 2020. As novas medidas para mitigar o contágio valerão inicialmente até o dia 30 deste mês, mas poderão ser prorrogadas.
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Na Fase Emergencial do Plano SP, apenas serviços considerados essenciais — como mercado, farmácias e postos de combustíveis — poderão permanecer abertos, desde que reduzam a capacidade do público. O objetivo da medida restitiva é derrubar o contágio do coronavírus entre a população do estado.
Nesta sexta-feira (12), 521 óbitos em decorrência da infecção por coronavírus e 15.720 casos nas últimas 24h. Enquanto isso, a média móvel de mortes — índice que considera os registros dos últimos sete dias — é de 352 óbitos por dia e a média de novos casos é de 12.266. Segundo a Secretaria de Saúde de SP, o número de mortes é o mais alto desde o início da pandemia.
Ainda nesta semana, o estado registrou o recorde de ocupação de UTIs e de pacientes internados em decorrência da COVID-19. Hoje, as taxas de ocupação dos leitos de UTI são de 89,4% na Grande São Paulo e 87,6% no estado. Além disso, o número de pacientes internados é o maior em toda a pandemia com 22.555, sendo 12.778 em enfermaria e 9.777 em unidades de terapia intensiva, conforme dados desta sexta-feira.
Diante da situação do novo coronavírus do estado de São Paulo, o governo impôs novos medidas que buscam restringir a circulação de pessoas e, consequentemente, evitar a transmissão da COVID-19. Além disso, foi adotado o "toque de recolher" — mais uma medida para controlar a circulação de pessoas em horários determinados —, das 20h às 5h, durante todos os dias da semana.
A seguir, confira uma lista completa das atividades que poderão continuar funcionando durante a Fase Vermelha e aquelas que não serão permitidas, de acordo com o governo de São Paulo.
O que estará fechado na Fase Emergencial?
- Festas, aglomerações e reuniões com mais de 10 pessoas;
- Shoppings, galerias e comércio de rua;
- Bares e restaurantes (a exceção será para entregas e drive-trhu);
- Salões de beleza, cabeleireiros e barbearias;
- Atividades culturais, cinemas, teatros e casas de shows;
- Academias de esporte e centros de ginástica;
- Universidades;
- Escolas estaduais e, dependendo da prefeitura, todas as escolas (municipais e particulares);
- Eventos, convenções e atividades culturais;
- Concessionárias;
- Parques públicos e praias;
- Lojas de materiais de construção;
- Escritórios em geral e atividades administrativas de forma presencial;
- Repartições de administração pública;
- Estabelecimentos comerciais (exceto para entrega/ delivery e retirada de automóvel/ drive-thru);
- Atividades esportivas coletivas profissionais e amadoras;
- Igrejas e atividades religiosas.
O que fica aberto na Fase Emergencial?
- Farmácias;
- Hospitais, clínicas médicas e clínicas odontológicas;
- Estabelecimentos de saúde animal, como veterinários;
- Mercados, supermercados, açougues e padarias (sem consumo no local);
- Delivery e drive-thru liberado para bares, lanchonetes e restaurantes (retirada presencial de produtos está proibida);
- Feiras livres (sem consumo no local);
- Escolas privadas e municipais, de forma opcional;
- Serviços bancários e lotéricas;
- Hotéis (desde que o consumo de alimentos aconteça nos quartos);
- Lavanderias, serviços de limpeza, manutenção e zeladoria;
- Assistência técnica de produtos eletrônicos;
- Serviços públicos e privados de segurança;
- Atividades da construção civil, como obras e construções;
- Empresas de locação de veículos e oficinas de veículos;
- Transporte público, táxis, aplicativos de transporte e serviços de entrega;
- Postos de combustíveis;
- Serviços de call center;
- Produção agropecuária e agroindústria.
Fonte: Governo de SP