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"Pílula marrom" da MSD corta pela metade internações e mortes por covid

Por  • Editado por Luciana Zaramela |  • 

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Divulgação/Merck
Divulgação/Merck

A farmacêutica MSD (Merck Sharp & Dohme) anunciou nesta sexta-feira (1) resultados interinos animadores dos ensaios clínicos de fase 3 do molnupiravir, um comprimido antiviral em testes contra a covid-19. Segundo a empresa, o medicamento experimental reduziu pela metade as hospitalizações ou mortes quando ministrado na fase inicial da doença.

O molnupiravir tem como objetivo interferir na enzima polimerase, utilizada pelo vírus para produzir cópias de si mesmo dentro das células. Ao fazer isso, seu código genético passa a apresentar falhas que impedem sua replicação. Segundo a empresa, o mecanismo funciona com todas as variantes já conhecidas do coronavírus SARS-Cov-2.

No estudo, foram acompanhados 762 pacientes com casos leves e moderados de covid-19, que ainda não haviam sido hospitalizados. Os participantes precisavam estar dentro do período de cinco dias após início dos sintomas e ter pelo menos um fator de agravamento da doença.

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Os pesquisadores observaram que apenas 28 dos 385 (7,3%) pacientes que receberam o antiviral precisaram de internação, enquanto 53 dos 377 (14,1%) de quem só tomou o placebo foram hospitalizados.

Além disso, não houve nenhuma morte entre os participantes medicados, enquanto o grupo placebo teve 8 óbitos registrados.

Como o estudo foi considerado um sucesso, com resultados muito positivos, a MSD optou por interromper o recrutamento e solicitar imediatamente à FDA (Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA) a autorização de uso emergencial e pretende fazer o mesmo com outras agências regulatórias do mundo. Inicialmente, o plano era envolver 1.500 voluntários nos testes.

Se aprovado, será o primeiro antiviral oral liberado para uso contra a covid-19. O remdesivir é outro medicamento que tem permissão em vários países, mas seu uso é intravenoso, o que dificulta a aplicação fora do ambiente hospitalar.

Fonte: MSD

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