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Pfizer recolhe remédio após detectar substância potencialmente cancerígena

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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nadianb/envato
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A farmacêutica norte-americana Pfizer anunciou, na última semana, o recolhimento voluntário e preventivo de cinco lotes do medicamento o Accupril (quinapril). O recall foi estabelecido após a empresa identificar níveis elevados de nitrosamina, que é potencialmente um causador de câncer, no remédio.

O medicamento da Pfizer é usado para o tratamento de hipertensão — ajuda a baixar a pressão arterial — e também pode ser prescrito para alguns pacientes com insuficiência cardíaca, segundo comunicado da agência Food and Drug Administration (FDA), dos Estados Unidos.

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Recolha de remédio da Pfizer vale para o Brasil?

A medida de recolhimento de medicamento da Pfizer não tem validade para o Brasil. Isso porque o remédio não é mais comercializado no país. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), não há registro válido para este medicamentos no país desde 2015.

O anúncio da Pfizer sobre os riscos do Accupril e o recolhimento têm validade apenas nos Estados Unidos e em Porto Rico, onde lotes foram distribuídos entre dezembro de 2019 e abril de 2022.

Entenda o risco da substância cancerígena

Segundo a FDA, a Pfizer identificou a presença de um tipo de nitrosamina, a N-Nitroso-Quinapril, acima do nível de Ingestão Diária Aceitável (ADI). É importante explicar que as nitrosaminas são comuns na água e nos alimentos, incluindo carnes laticínios e vegetais. Em resumo, as pessoas estão naturalmente expostas a essa substância.

O problema é o alto nível de exposição e durante um longo período. Nessas condições, a alta dosagem pode aumentar o risco de desenvolvimento de câncer. "Até o momento, a Pfizer não tem conhecimento de relatos de eventos adversos que foram avaliados como relacionados a este recall", esclarece a FDA.

Embora a ingestão a longo prazo possa estar associada a um potencial aumento do risco de câncer em humanos, não há risco imediato para os pacientes que tomam este medicamento. Os pacientes, agora, devem agendar uma consulta com seus respectivos médicos, onde terão acesso a novas alternativas para substituir a medicação.

Fonte: FDA e O Globo