Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Pesquisadores sugerem dieta ideal para uma vida longa, mas há um porém

Por| Editado por Luciana Zaramela | 03 de Maio de 2022 às 08h30

Link copiado!

s_kawee/Envato Elements
s_kawee/Envato Elements

Uma pesquisa de cientistas da University of Southern Californa e da University of Wisconsin, publicada na revista científica Cell, trata de dietas e hábitos que, supostamente, podem nos levar a ter uma vida longa. É claro, dependemos dos genes que nos são passados também, mas os alimentos que comemos e os hábitos temporais relacionados à ingestão deles também podem influenciar na fórmula de uma vida longeva.

Os pesquisadores, Valter Longo e Rozalyn Anderson, analisaram a literatura acadêmica que trata de longevidade e nutrição em diversas espécies diferentes, buscando uma maneira de relacionar esse conhecimento para nós, a espécie humana. Segundo eles, foram estudados nutrientes, jejum, genes e longevidade em espécies de vida curta, conectando tudo isso a estudos clínicos e epidemiológicos em primatas e humanos, inclusive os centenários.

Continua após a publicidade

Dieta para todos?

Como há diversidade de seres humanos, também deve haver diversidade de dietas. Pessoas com mais de 65 anos, por exemplo, podem ter de inserir mais proteína em suas dietas, garantindo que o corpo tenha material o suficiente para aumentar a massa corporal, já que ela diminui com a idade, e se proteger da fragilidade do corpo. Isso, é claro, é melhor feito se acompanhado por um profissional da nutrição.

O consenso científico acerca de boas práticas de dieta, no entanto, está longe de ser alcançado, e está cheio de controvérsias. Longo e Anderson procuraram basear o estudo em evidências, mas reconhecem que há muito trabalho a ser feito para encontrar os detalhes das benesses de cada dieta. Até agora, no entanto, os cientistas já apontam alguns alimentos que podem ajudar a viver bastante.

Na lista estão carboidratos de origem não refinada, gordura e proteína de origem vegetal, que devem ficar abaixo de um terço da necessidade energética de um indivíduo. Muitos legumes, grãos integrais e vegetais também são recomendados, além de um pouco de peixe, nada de carne vermelha ou processada e pouca carne branca. Pouco açúcar e grãos refinados, bons níveis de nozes e óleo de oliva e um pouco de chocolate amargo.

Continua após a publicidade

Além da dieta, também foi estudado o horário de consumo dos alimentos: segundo a dupla, o melhor é consumir suas refeições em uma janela de onze a doze horas, além de fazer um ciclo de cinco dias de jejum intermitente a cada três ou quatro meses, o que deve ajudar a manter a pressão sanguínea regulada e diminuir os riscos de resistência à insulina.

Controvérsias

Enquanto não há controvérsias muito grandes acerca da limitação do consumo de carne vermelha e aumento das proteínas vegetais, há de se levar em conta que Longo tem participação em uma empresa que produz alimentos utilizados para simular o jejum, então é preciso ter cuidado com vieses na pesquisa. Além disso, pesquisas recentes dão a entender que jejuns não são melhores do que a restrição calórica. Lembrando: estamos longe de consensos sobre alimentação na ciência.

Continua após a publicidade

Os próprios pesquisadores apontam que sua pesquisa, que analisa mais de um século de estudos, não é uma batida de martelo na dieta que todos os humanos devem seguir, mas consiste em uma base mais sólida para recomendações nutricionais individuais — que devem ser feitas com profissionais da área — e para pesquisas futuras. De qualquer forma, não faz mal cortar uns carboidratos e incluir um peixinho no prato, né?

Fonte: Cell