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Pesquisadores criam células cerebrais sintéticas que armazenam memórias

Por| Editado por Luciana Zaramela | 01 de Setembro de 2021 às 09h50

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Ktsimage/Envato Elements
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Em um estudo publicado no início de agosto, pesquisadores do Centre National de la Recherche Scientifique (Paris, França) criaram células cerebrais sintéticas que podem guardar memórias celulares por milissegundos. 

Basicamente, o grupo usou partículas carregadas chamadas íons para produzir um sinal elétrico, da mesma forma que as informações são transferidas entre os neurônios no cérebro. Os cientistas concluíram que, se pudessem fazer um computador mais parecido com o cérebro humano, ele exigiria muito menos energia. Uma maneira que eles usam para tentar replicar a maquinaria biológica do cérebro foi utilizando o poder dos íons, as partículas carregadas das quais o cérebro depende para produzir eletricidade. 

Criaram então um modelo de computador de neurônios artificiais que poderiam produzir o mesmo tipo de sinais elétricos que os neurônios usam para transferir informações em o cérebro, enviando íons através de canais finos de água para imitar canais iônicos reais e reproduzir esses picos elétricos.

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Quando os pesquisadores executaram uma simulação ligando dois canais e outros componentes para imitar o comportamento de um neurônio, eles descobriram que o modelo poderia gerar picos de atividade elétrica, como potenciais de ação, e que "lembrava" propriedades consistentes em dois estados diferentes: um em que íons conduziram mais eletricidade e um onde conduziram menos. Nessa simulação, a "memória" do estado anterior dos íons durou alguns milissegundos, aproximadamente ao mesmo tempo que leva neurônios reais para produzir um potencial de ação e retornar ao estado de repouso. É um tempo longo para os íons, que geralmente operam em escalas de tempo ainda menores.

Desde a realização da pesquisa com simulações de computador, os pesquisadores vêm estudando uma sinapse artificial, a parte de um neurônio que transmite sinais elétricos, e começaram a fazer experimentos relacionados. O estudo completo está disponível aqui.

Fonte: Live Science