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Pesquisa compara pandemia da COVID-19 com gripe espanhola: "tão grave quanto"

Por| 17 de Agosto de 2020 às 20h30

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Geralt/Pixabay
Geralt/Pixabay

Na história da humanidade, uma das piores pandemias foi a da gripe espanhola, causada pelo vírus da influenza, em 1918. Pouco mais de 100 anos depois, o mundo é acometido por outra doença, disseminada de forma global, a COVID-19. Em números totais o impacto entre elas, até o momento, não se compara, já que a primeira teria levado 675 mil pessoas ao óbito nos Estados Unidos e, nesta sexta-feira (14), são contadas 170 mil mortes pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2). Entretanto, há algumas semelhanças entre as duas.

Em estudo do Brigham and Women's Hospital (BWH), pesquisadores compararam o excesso de mortes entre as duas doenças na cidade de Nova Iorque. Vale explicar que excesso de mortes representa o número de óbitos além do que, normalmente, seria esperado para determinado período.

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Segundo o médico Jeremy Samuel Faust, do BWH e um dos pesquisadores do estudo, durante o pico do surto da gripe espanhola, o excesso de mortes foi comparável às mortes em excesso da COVID-19 nos dois primeiros meses de surto da cidade. Isso porque morreram, em abril deste ano, 70% das pessoas que morreram em novembro de 1918, explica Faust.

De acordo com o pesquisador, as comparações mostram que, "no caso de Nova York, essa pandemia pode se inscrever junto a 1918 [da gripe espanhola] como, potencialmente, tão grave quanto" nos autos da história.

Limitações do estudo

Um dos desafios que limitaram o estudo é entender quantas mortes em decorrência do novo coronavírus foram evitadas como resultado de invenções médicas que não estavam disponíveis há 100 anos. É o caso da ventilação mecânica, considerada uma das mais importantes aliadas na recuperação dos pacientes internados com a COVID-19. Além disso, seria preciso entender o quanto o uso de máscaras e medidas de distanciamento social ajudaram na redução dos óbitos.

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"Acreditamos que nossas descobertas podem ajudar as autoridades e o público a contextualizar a magnitude incomum da pandemia da COVID-19, levando a políticas mais prudentes que podem ajudar a diminuir a transmissão, diminuindo o número de reprodução efetiva do SARS-CoV-2 e evitar o esgotamento dos suprimentos essenciais de recursos que salvam vidas nas próximas semanas e depois", pontuam os pesquisadores do BWH.

A partir de dados públicos dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças e do Departamento de Saúde da cidade de Nova Iorque e outros censos norte-americanos, o estudo foi publicado no JAMA Network Open.

Fonte: Medscape