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Paxlovid: Pfizer pede para Anvisa autorizar remédio contra covid

Por| Editado por Luciana Zaramela | 16 de Fevereiro de 2022 às 16h20

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Sommai/Envato Elements
Sommai/Envato Elements

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu, nesta quarta-feira (16), o pedido de uso emergencial do medicamento Paxlovid, desenvolvido pela farmacêutica norte-americana Pfizer. Composto pela combinação do nirmatrelvir e do ritonavir, o remédio antiviral é recomendado para casos leves e moderados da covid-19. O uso é oral.

"Paxlovid tem o potencial de desempenhar um papel-chave na mudança do curso dessa pandemia, ajudando a salvar vidas, reduzindo a gravidade das infecções da covid-19 e podendo até aliviar a sobrecarga do sistema de saúde”, defende Adriana Ribeiro, diretora médica da Pfizer Brasil, em comunicado.

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Análise do Paxlovid pela Anvisa

No total, o prazo de avaliação para o uso emergencial e temporário do medicamento da Pfizer contra a covid-19 é de até 30 dias. No entanto, a análise não considera o tempo do processo em status de exigência técnica, que é quando o laboratório precisa responder questões técnicas", comenta a Anvisa.

De acordo com a agência, as primeiras 24 horas serão utilizadas para fazer uma triagem do processo e verificar se todos os documentos necessários para analisar a segurança e eficácia do Paxlovid foram recebidos. "Se houver informações importantes faltando, a Agência pode solicitá-las ao laboratório", explica, em nota.

Vale lembrar que o antiviral Paxlovid já recebeu a autorização de uso emergencial nos Estados Unidos em dezembro de 2021. Desde então, é usado como uma das estratégias para controlar a doença em pacientes infectados. Além disso, foi aprovado pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e pelas autoridades de saúde do Canadá.

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Como funciona o remédio da Pfizer?

O medicamento da Pfizer combina nirmatrelvir — que bloqueia a replicação do vírus — e ritonavir — cuja função é aumentar a duração do efeito. Para ser mais preciso, a fórmula foi "projetada para bloquear a atividade da protease 3CL do SARS-CoV-2, uma enzima de que o coronavírus precisa para replicar", segundo a empresa.

Para obter a autorização do Paxlovid, a farmacêutica compartilhou os resultados do estudo EPIC-HR (Evaluation of Protease Inhibition for COVID-19 in High-Risk Patients). Durante a pesquisa, foi avaliada a eficácia e a segurança do remédio em pessoas com mais de 18 anos não-hospitalizadas, mas com diagnóstico positivo para a doença e com risco de progressão para forma grave da infecção.

Os resultados demonstraram uma redução de 89% no risco de hospitalização relacionada à covid-19 ou morte por qualquer causa em pacientes tratados com Paxlovid, comparado ao grupo placebo, quando o tratamento foi iniciado dentro de três dias após o aparecimento dos sintomas. Resultados similares foram obtidos quando o tratamento foi iniciado em até 5 dias.

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Fonte: Anvisa