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Parasitas controlam a mente de lobos nos EUA

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Addictive_Stock/Envato
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Cientistas descobriram que os lobos do Parque Nacional de Yellowstone (EUA) infectados com um parasita conhecido como Toxoplasma gondii podem ter comportamentos diferenciados, que mudam a dinâmica da alcateia. Acontece que esse parasita, responsável por controlar a mente, tornam o lobo mais propenso a deixar o grupo ou se tornar o líder.

Esses parasitas costumam se reproduzir nos intestinos dos felinos, na verdade, que os eliminam através das fezes. Quando outros mamíferos ou pássaros comem ou bebem algo contaminado, também são infectados. Mas os intestinos de outros animais não têm o teor de ácido linoléico, uma substância que os felinos possuem, e que o T. gondii precisa para se reproduzir.

Por isso, o parasita entra no cérebro e no tecido muscular do hospedeiro e muda seu comportamento de uma forma que aumente suas chances de ser comido por um gato. O mecanismo ainda não está claro para os pesquisadores. Essas alterações comportamentais são mais notáveis em camundongos, que quando infectados, perdem o medo de gatos.

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Parasitas controlam lobos

Os cientistas monitoram o comportamento da alcateia através de coleiras de rastreamento e exames de sangue. Esses testes revelaram que alguns dos lobos ficaram infectados com T. gondii, por compartilhar o espaço do habitat com pumas.

O T. gondii tende a influenciar a tendência de um animal a correr riscos, e um lobo se coloca em perigo quando deixa a alcateia e sai para se juntar ou formar uma nova. Através dessa análise de comportamento, os cientistas perceberam que um lobo que testou positivo para o parasita em questão tem 11 vezes mais chances de se dispersar da alcateia e 46 vezes mais chances de se tornar um líder de uma alcateia nova, em comparação com um lobo que não foi infectado.

“Presumimos que pode haver algum tipo de ligação entre a ousadia causada pelo parasita e a disposição a deixar sua área de vida e ir para o território de outro lobo e possivelmente ser morto”, estimam os especialistas.

Os cientistas reconhecem que os lobos infectados com toxoplasmose podem não levar o T. gondii de volta a um hospedeiro felino, mas mesmo assim, o parasita parece desempenhar um papel inesperadamente importante na vida dessa população de lobos.

Fonte: CNN