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Pancadas fortes na cabeça aumentam risco de Alzheimer; entenda

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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No Reino Unido, cientistas da Universidade de Oxford e de outros centros de pesquisa locais investigaram quais fatores aumentam o risco da doença de Alzheimer, a partir de um minicérebro construído com células humanas. Pancadas fortes na cabeça e lesões repetidas intensificam as chances da doença, mas a probabilidade sobe ainda mais em casos específicos.

No recente estudo, a equipe associou as pancadas na cabeça, que podem ocorrer em atividades esportivas ou em acidentes de carro, com a presença de vírus dormentes no cérebro. São os casos do vírus do herpes (HSV-1) ou do vírus varicela zoster (VZV).

Os dois fatores (pancada e vírus dormente) podem gerar o cenário ideal para o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer, segundo estudo publicado na revista Science Signaling.

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Como o risco de Alzheimer aumenta?

"Lesões na cabeça já são reconhecidas como um grande fator de risco, assim como o efeito cumulativo de infecções comuns [como o herpes], para condições como Alzheimer e demência, mas esta é a primeira vez que conseguimos demonstrar um mecanismo para esse processo”, destaca Ruth Itzhaki, cientista responsável pela pesquisa, em nota. 

Para entender, quando uma pessoa é infectada pelo herpes, o vírus nunca mais vai embora e pode permanecer dormente nas células humanas. Entretanto, o patógeno desperta com gatilhos específicos, como pancadas fortes na cabeça. Assim, contribuem para inúmeras mudanças no cérebro, como neuroinflamação e diminuição da funcionalidade.

“O que descobrimos é que, no modelo cerebral, essas lesões podem reativar um vírus adormecido, como o HSV-1, desencadeando uma inflamação que, no cérebro, levaria às mesmas alterações que vemos em pacientes de Alzheimer”, reforça a professora Itzhaki.

Possível tratamento

Além de descobrir o que contribui com o Alzheimer em estudos com minicérebros, os pesquisadores também encontraram um possível tratamento contra a doença no experimento

Nos testes, o bloqueio de uma molécula inflamatória chamada Interleucina-1 beta (IL-1β) preveniu os efeitos nocivos do vírus nas células do cérebro, mas os achados ainda devem ser confirmados em estudos posteriores.

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Fonte: Universidade de Oxford  

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