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OMS investiga doença misteriosa que matou cerca de 100 pessoas no Sudão do Sul

Por| Editado por Luciana Zaramela | 16 de Dezembro de 2021 às 14h09

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Leungchopan/Envato Elements
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) investiga a morte de cerca de 100 pessoas por causa de uma doença misteriosa e ainda não identificada no condado de Fangak, no estado de Jonglei, no Sudão do Sul. Para cuidar do caso, uma equipe de força-tarefa foi enviada ao local.

“Decidimos enviar uma equipe de resposta rápida para fazer avaliação de risco e investigação. Eles poderão coletar amostras dos doentes, mas provisoriamente o número que obtivemos foi de 89 mortes”, contou a porta-voz da OMS, Sheila Baya, para a BBC, na terça-feira (14).

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Segundo Baya, a equipe de especialistas espera um helicóptero para poder retornar à capital. As chuvas e as inundações impedem o acesso das estradas por via terrestre. Isso porque, em paralelo, o local sofre com enchentes que desabrigaram milhares de pessoas.

O que se sabe sobre a doença misteriosa?

Ainda na semana passada, o Ministério da Saúde do Sudão do Sul relatou que esta doença desconhecida foi responsável por levar ao óbito dezenas de pessoas na área, uma das mais atingidas pelas enchentes recentes.

Segundo as autoridades de saúde locais, amostras desses pacientes foram coletadas e testaram negativo para cólera. Esta doença bacteriana, causada pelo consumo de água ou alimentos contaminados, ou pelo contato com fezes, era uma das principais suspeitas.

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Crise no Sudão do Sul

Hoje, as enchentes são responsáveis por uma crise humanitária no Sudão do Sul. Inclusive, as águas aumentaram o risco de doenças, como malária e desnutrição em crianças, o que é resultado da escassez de alimentos, segundo o ministro do país, Lam Tungwar Kueigwong.

De acordo com Kueigwong, o volume das águas também causou vazamento de petróleo e o óleo contaminou a região, levando à morte de animais domésticos.

A Organização das Nações Unidos (ONU) estima que cerca de 835 mil pessoas tenham sido afetadas pelas enchentes no país, sendo que pelo menos 35 mil pessoas estão desabrigadas. As autoridades das regiões mais afetadas afirmam que essas enchentes são as piores desde 1960.

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Fonte: BBC