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OMS declara novo surto de ebola na República Democrática do Congo

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Bhossfeld/ Pixabay
Bhossfeld/ Pixabay

Lidando com casos do novo coronavírus (SARS-CoV-2) e uma onda maior de registros de sarampo, a República Democrática do Congo também enfrenta, em paralelo, mais um surto de ebola, segundo declaração da Organização Mundial de Saúde (OMS), nesta segunda-feira (1).

Segundo o governo da República Democrática do Congo, seis casos de Ebola já foram detectados, incluindo quatro óbitos pela doença. No total, o país também registra 3.048 casos da COVID-19 e 71 mortes pela infecção respiratória. E desde 2019, 369.520 casos de sarampo e 6.779 mortes pela doença foram registrados no país, segundo a OMS.

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Ebola: o que é?

Conhecida também como Febre Hemorrágica Ebola, a doença causada pelo vírus Ebola é "grave, muitas vezes fatal e com taxa de letalidade que pode chegar até os 90%", segundo informações do Ministério da Saúde brasileiro. A infecção causa sintomas como febre, dor de cabeça, diarreia, dor abdominal e até mesmo manifestações hemorrágicas, que podem levar à morte.

Essa doença afeta tanto seres humanos quanto alguns animais, como macacos e gorilas. A sua transmissão se dá através do contato com sangue, tecidos ou fluidos corporais de animais e indivíduos infectados (incluindo cadáveres), ou a partir do contato com superfícies e objetos contaminados. Só que, diferente do novo coronavírus, não há nenhum registro na literatura de contaminação do vírus Ebola pelo ar.

"Na África, os surtos provavelmente originam-se quando pessoas têm contato ou manuseiam a carne crua de chimpanzés, gorilas infectados, morcegos, macacos, antílopes florestais e porcos-espinhos encontrados doentes ou mortos na floresta", explica o Ministério da Saúde.

Segundo a OMS, entre 2013 e 2016, uma epidemia de ebola no oeste africano, principalmente nos países da Guiné, Libéria e Serra Leoa, matou cerca de 11,3 mil pessoas.

Surto local

Na República Democrática do Congo, os novos casos de Ebola estão ocorrendo em Mbandaka, na província de Équateur. Em paralelo a este surto local, há registros recentes do mesmo vírus ativo, em fase final do surto, no leste do país, segundo a OMS. Com o último anúncio, o país passa a enfrentar o seu décimo primeiro surto da doença, desde que o vírus foi descoberto em 1976.

"Isso é um lembrete de que a COVID-19 não é a única ameaça de saúde que as pessoas enfrentam", declarou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. "Apesar de muito da nossa atenção estar na pandemia, a OMS continua a monitorar e responder a muitas outras emergências de saúde", defendeu o diretor-geral.

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"Está acontecendo em um momento desafiador, mas a OMS trabalhou nos últimos dois anos com as autoridades de saúde, o CDC da África e outros parceiros para fortalecer a capacidade nacional de responder a surtos", explicou a médica Matshidiso Moeti, diretora regional da OMS para a África.

“Para reforçar a liderança local, a OMS planeja enviar uma equipe para apoiar o aumento da resposta. Dada a proximidade deste novo surto a rotas de transporte movimentadas e países vizinhos vulneráveis, devemos agir rapidamente", finalizou Moeti.

Fonte: G1 e Ministério da Saúde