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Ômicron "não causa a mesma doença" das ondas anteriores, diz cientista

Por| Editado por Luciana Zaramela | 28 de Dezembro de 2021 às 14h54

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photocreo/Envato
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A variante Ômicron (B.1.1.529) do coronavírus SARS-CoV-2 “não é a mesma doença que víamos há um ano” e as altas taxas de mortalidade em decorrência da covid-19 no Reino Unido “agora são história”, defende o imunologista e professor de medicina da Universidade de Oxford, John Bell.

A partir dos dados da saúde pública britânica, Bell explica que, mesmo que as internações tenham aumentado nas últimas semanas com a Ômicron, a análise dos casos da covid-19 sugere uma menor gravidade do quadro.

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Menor tempo de internação pela covid

A doença “parece ser menos grave e muitas pessoas passam um período relativamente curto no hospital”, explicou o imunologista para o jornal The Guardian. Além disso, menos pacientes precisavam de oxigênio e o tempo médio de internação caiu para três dias, segundo o professor. Em outras palavras, a nova cepa parece ser menos grave do que as anteriores.

A mudança na gravidade da covid-19 pode ser explicada, em partes, pelo avanço da vacinação. Isso porque, há um ano, o número de pessoas imunizadas era bastante reduzido. Atualmente, 69,3% da população está com o esquema vacinal completo — duas doses ou imunizante de dose única —, segundo a plataforma Our World in Data. A porcentagem representa 47,2 milhões de britânicos protegidos.

Outro fator é o avanço dos protocolos de internação da covid-19. Por exemplo, durante os primeiros casos da infecção, os médicos ainda aprendiam a lidar com o quadro de pacientes internados. Passados mais de 12 meses, muitas técnicas foram aperfeiçoadas e remédios mais adequados foram definidos para o controle da tempestade de citocinas.

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E a Ômicron em idosos?

Embora os dados preliminares sobre a variante Ômicron apontem para uma forma mais branda da covid-19, ela é altamente transmissível. Inclusive, pesquisadores compararam a sua transmissibilidade com a do sarampo. Isso significa que, potencialmente, o número de hospitalizados e óbitos ainda podem aumentar, principalmente para pacientes idosos ou com comorbidades.

No momento, não é possível estimar o que acontecerá quando as taxas de infecção em pessoas mais velhas começarem a aumentar, explica Chris Hopson, presidente-executivo da NHS Providers. “Tivemos muitas misturas intergeracionais durante o Natal, por isso, todos ainda estamos esperando para saber se veremos um número significativo de aumentos em termos do número de pacientes que chegam ao hospital com doenças graves relacionadas à Ômicron”, comenta.

Fonte: The Guardian e Our World in Data