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Especialistas comparam Ômicron ao sarampo; entenda

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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MirkoVitali/Envato Elements
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A variante ômicron do SARS-CoV-2 ainda é um enigma a ser decifrado pouco a pouco pela ciência, considerando sua descoberta tão recente. Ainda se discute acerca de sua transmissibilidade, e na opinião de alguns especialistas, como o imunologista espanhol Alfredo Corell, a variante é tão contagiosa quanto o sarampo.

Até então, o principal alerta sobre a Ômicron não diz respeito à gravidade dos sintomas, mas à sua maior capacidade de infecção. Para se ter uma ideia, a variante já chegou até mesmo a superar a Delta (a mais transmissível) nesse sentido.

Para entender a transmissibilidade, os especialistas costumam fazer uma média de novos casos que um caso positivo gera durante um período de infecção. Essa média é chamada de taxa de reprodução básica (R₀). Então funciona assim: se um patógeno tem um R₀ de 2, a estimativa é que uma pessoa infectada acabe infectando duas outras, em média.

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Na prática, se essa taxa chega a um valor inferior a 1, o patógeno desaparece com o tempo. Se for maior, o contágio aumenta. No caso do sarampo, por exemplo, essa taxa fica entre 12 e 18, ou seja: é altamente contagioso. A taxa da primeira variante do SARS-CoV-2 era de 2,5, e estima-se que o da Delta seja aproximadamente 6. Evidências sugerem que a Ômicron tenha um número ainda maior.

Outra questão é que, assim como o sarampo, o SARS-CoV-2 é transportado pelo ar. E evitar uma doença transmitida dessa forma com um R₀ alto é uma tarefa de extrema complexidade. No caso da covid-19, muitas das pessoas infectadas sofrem a infecção de forma assintomática, o que leva o cenário a ficar ainda mais incontrolável.

Com isso, os especialistas observam que a saída para a pandemia está na imunidade e em evitar contatos com outras pessoas, uma vez infectado.

Fonte: The Conversation