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Ocitocina não traz benefícios para crianças com autismo, revela estudo

Por| Editado por Luciana Zaramela | 19 de Outubro de 2021 às 18h20

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LightFieldStudios/envato
LightFieldStudios/envato

A ocitocina é um hormônio que atua principalmente como um neuromodulador no cérebro, e crianças com autismo vêm mostrando anomalias nos níveis plasmáticos de ocitocina. Estudos já chegaram a apontar que o hormônio ajuda os pacientes a manter um comportamento social mais adequado e afetivo, o que sugere um potencial terapêutico em uma dimensão essencial do autismo. No entanto, uma análise publicada na última quinta (14) na revista New England Journal of Medicine propõe que esse hormônio não traz benefícios a crianças autistas. 

Segundo os pesquisadores, havia muita esperança de que o hormônio em questão fosse eficaz. “Todos nós da equipe de estudo ficamos extremamente desapontados, mas a oxitocina não parece mudar a função social das pessoas com autismo", afirmam os responsáveis pelo estudo.

A ocitocina, também chamada de oxcitocina, é conhecida como o "hormônio do amor". É a substância química que ajuda a formar laços e amizades, desempenhando um papel importante na promoção de interação social, comunicação e cooperação. Os transtornos do espectro do autismo (TEA), por outro lado, são tipicamente marcados pelo oposto: uma capacidade prejudicada de interação social.  Alguns estudos sugeriam que a ocitocina poderia melhorar a função social e cognitiva de algumas crianças com autismo.

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Essa análise recente acompanhou 290 crianças de 3 a 17 anos. Durante 24 semanas, os participantes do grupo de teste receberam uma dose diária de ocitocina por meio de um spray nasal, enquanto o grupo controle recebeu um spray de placebo. As habilidades sociais das crianças foram avaliadas pelos pesquisadores e pais.

Os autores do artigo descobriram que o tratamento com ocitocina não mostrou nenhum benefício. As crianças do grupo de teste mostraram uma ligeira melhora na interação social em comparação com o grupo controle, mas por uma quantidade tão pequena foi estatisticamente insignificante. Outros resultados, bons e ruins, foram basicamente os mesmos nos dois grupos. A conclusão que os pesquisadores tiram é que um tratamento deve ser indicado apenas se houver fortes evidências de segurança e eficácia. O estudo completo pode ser encontrado aqui

Fonte: IFL Science, Autismo Brasil