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O que são puérperas e por que elas precisam se vacinar?

Por| Editado por Luciana Zaramela | 28 de Janeiro de 2022 às 10h30

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Puérperas e gestantes podem se vacinar contra a covid-19 no Brasil, inclusive estão aptas para receber doses de reforço dos imunizantes disponíveis. Especialistas e entidades internacionais defendem a importância da imunização deste público.

Vale explicar que puérperas são mulheres que estão passando pelo puerpério. Este é o período pós-parto que se inicia após a saída da placenta — quando a mulher dá à luz — e dura de 40 a 45 dias. Em alguns casos, esse período pode chegar a 60 dias.

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Quais vacinas puérperas podem tomar?

"Todas as gestantes e puérperas do MSP poderão dirigir-se às UBSs [Unidades Básicas de Saúde] para imunização da covid-19 com as vacinas Coronavac ou Pfizer", informa instrutivo sobre a vacinação da cidade de São Paulo. A orientação é que, em caso de ausência, "a UBS deve manter lista de espera para convocação".

Entre as vacinas disponíveis no Brasil, é importante observar que tanto a Covishield (AstraZeneca/Oxford) quanto a da Janssen (Johnson & Johnson), por adotarem um vetor viral (vírus) como estratégia de imunização, não são indicadas para este grupo.

“As vacinas com vírus vivo não são recomendadas para grávidas, porque elas, na realidade, podem transmitir doenças infectocontagiosas para o bebê, através da placenta. Isso vale para qualquer tipo de vacina", explicou o ginecologista e obstetra Leopoldo Vieira, do HSANP, quando o país começava a imunizar puérperas e grávida.

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Pode continuar amamentando?

De acordo com o Ministério da Saúde, as grávidas e puérperas vacinadas podem amentar os filhos, ou seja, a vacina não vai afetar ou limitar a relação com a criança. "A lactante deve ser orientada a não interromper o aleitamento materno", explica a pasta, em nota técnica. Além disso, "lactantes vacinadas que desejarem doar leite poderão fazê-lo", complementa a Saúde.

Por que é importante se vacinar?

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A imunização contra a covid-19 é uma proteção para a mulher que deu à luz, já que está com menor imunidade e, consequentemente, em maior risco. "No Brasil, as mortes maternas associadas à covid-19 acontecem com maior frequência no terceiro trimestre ou no puerpério", informou o Ministério da Saúde, em nota técnica de 2021.

"O simples fato de estar grávida ou estar no puerpério já deixa a mulher com uma dose hormonal muito alta, o que aumenta risco de trombose, se ela já tem algum outro risco. Então, se for uma mulher que tem trombofilia, pegar a covid aumenta ainda mais a chance de trombose, por isso ela entra no grupo prioritário", explicou a uroginecologista Lilian Fiorelli, do Hospital Albert Eistein, para o site A Cidade On.

Além da questão da trombose, a médica lembra que as mulheres, durante o período do puerpério, estão com a imunidade mais baixa. Este é mais um fator de risco, o que aumenta a importância da vacinação para o grupo.

Recomendação internacional

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Nos Estados Unidos, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) emitiu um alerta, em setembro de 2021, recomendando que mulheres grávidas, puérperas ou que planejem engravidar se vacinassem, de forma urgente, contra a covid-19. Isso porque a infecção, durante a gravidez, pode causar riscos para a saúde do filho e também do bebê, como partos prematuros e necessidade de internação em UTI neonatal.

“A OPAS recomenda que todas as mulheres grávidas, após o primeiro trimestre, bem como as mulheres que estão amamentando, recebam a vacina contra a covid-19”, afirmou a diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Carissa F. Etienne.

“Sabemos que se as mulheres grávidas adoecerem, elas terão um risco maior de desenvolver sintomas graves da covid-19 e precisarão com mais frequência de ventilação e cuidados intensivos, quando comparadas às mulheres que não estão grávidas”, completou Etienne.

Em casos de dúvidas, é sempre importante que a puérpera ou gestante consulte o profissional de saúde que está acompanhando o seu caso para obter informações mais direcionadas e específicas sobre a sua gestação.

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Fonte: Ministério da Saúde, Prefeitura de SPOPAS e A Cidade On