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O que são cuidados paliativos?

Por| Editado por Luciana Zaramela | 20 de Outubro de 2021 às 08h30

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Andrea Piacquadio/Pexels
Andrea Piacquadio/Pexels

Na medicina, é muito comum escutar o termo cuidados paliativos e, normalmente, é visto como algo muito negativo. Isso porque, neste momento, o estado do paciente é crítico e a vida está em risco por causa de alguma doença específica, como um câncer em estágio avançado e incurável. 

No entanto, há muito que fazer para garantir conforto a uma pessoa que recebe estes cuidados. Isso porque o principal conceito — que guia os cuidados paliativos — é promover a qualidade de vida dos pacientes e seus familiares através da prevenção e alívio do sofrimento. Nesse ponto, o mais importante não é a duração da vida, mas a qualidade.

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“Cuidados paliativos consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, por meio de identificação precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais”, define a Organização Mundial da Saúde (OMS).

"Considerando a carga devastadora de sintomas físicos, emocionais e psicológicos que se avolumam no paciente com doença terminal, faz-se necessária a adoção precoce de condutas terapêuticas dinâmicas e ativas, respeitando-se os limites do próprio paciente frente a sua situação de incurabilidade", explica o Instituto Nacional de Câncer (Inca).

Inclusive, equipes multidisciplinares são convocadas para o atendimento dos pacientes. Em outras palavras, médicos, enfermeiros, assistentes sociais, fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas podem ser aliados, enquanto buscam melhorias para a vida do paciente.

Como funciona o cuidado paliativo em casos de câncer?

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Entre os exemplos possíveis da aplicação de cuidados paliativos, o Inca explica como estes devem se, por exemplo, para uma paciente com câncer do colo do útero, de forma incurável. Nesse contexto, o instituto recomenda os seguintes níveis de atuação:

  • Os profissionais de saúde devem fornecer alívio para dor e outros sintomas estressantes da paciente, como astenia, anorexia, dispneia e outras emergências oncológicas;
  • Discussões sobre a vida e a morte como processos naturais devem ser promovidas, inclusive integrando aspectos psicológicos, sociais e espirituais —  caso desejado;
  • Não  apressar ou adiar a morte;
  • É fundamental oferecer uma rede de apoio para ajudar a família a lidar com a doença do paciente, em seu próprio ambiente;
  • Devem ser possibilitadas ao paciente formas de viver o mais ativamente possível até sua morte;
  • Buscar entender as necessidades clínicas e psicossociais dos pacientes e as respectivas famílias, o que inclui formas de aconselhamento e suporte ao luto.

Cuidados paliativos ocorrem no hospital ou em casa?

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De acordo com a Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), os cuidados paliativos podem ser fornecidos tanto em ambientes hospitalares quanto nas casas dos pacientes, dependendo das necessidades de cada caso. 

"É muito importante que os sintomas do paciente sejam avaliados rotineiramente, indo além de possibilitar que ele tenha o mínimo de impacto possível em seu dia a dia, mas também para preparar a família para o acompanhamento dessa nova rotina", explica a Abrale.

Vale destacar que, inicialmente, os cuidados paliativos foram pensados apenas para o tratamento oncológico. No entanto, eles podem ser aplicados para outras doenças que ameacem a vida por serem progressivas ou incuráveis, como as neurogedenerativas, por exemplo.

Fonte: Inca e Abrale