O que os atletas cheiram antes das partidas está preocupando agências de saúde
Por Nathan Vieira • Editado por Luciana Zaramela |

Você já deve ter visto, ao vivo ou na TV, um atleta cheirando um produto antes de começar uma partida, prova ou disputa, seja qual for a modalidade esportiva. Na última segunda-feira (1), a FDA — Food and Drug Administration, órgão de saúde dos EUA — emitiu um alerta para essas substâncias inaláveis que prometem mais energia para atletas.
Ocorre que, na grande maioria das vezes, esses produtos contêm sais de amônia, que às vezes pode causar sintomas graves quando inalada.
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O que os sais de amônia oferecem aos atletas?
Na prática, esses produtos deixam as pessoas em maior estado de alerta, sendo que os atletas costumam inalar para melhorar seu desempenho. O gás irrita as membranas no nariz e em todo o sistema respiratório e causa um reflexo de inalação, alterando os padrões respiratórios, aumentando o fluxo de oxigênio, oferecendo descarga de adrenalina e deixando a pessoa mais "ligada".
No entanto, em seu novo comunicado, a FDA aponta um outro lado do gás: "A inalação de amônia pode levar rapidamente à irritação dos olhos, nariz e garganta; tosse; e constrição das vias aéreas. A FDA recebeu relatórios de eventos adversos como falta de ar, convulsões, enxaquecas, vômitos, diarreia e desmaios de consumidores."
Dependendo da dose inalada, a amônia pode queimar os tecidos do nariz, garganta e traqueia; causar inchaço e acúmulo de líquido nos pulmões e causar destruição das vias aéreas, resultando em dificuldade ou insuficiência respiratória.
Em sua declaração, a FDA incentivou os profissionais de saúde e os consumidores a relatar eventos adversos ou problemas de qualidade, já que os produtos não demonstraram ser seguros ou eficazes para os usos pretendidos.
"A falha da empresa em corrigir prontamente as violações pode resultar em ação legal sem aviso prévio, incluindo, sem limitação, apreensão do produto e liminar", finaliza a nota de alerta sobre os produtos que contêm amônia.
Fonte: FDA via Live Science