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O que está acontecendo com Justin Bieber em pleno Setembro Amarelo

Por| Editado por Luciana Zaramela | 06 de Setembro de 2022 às 17h51

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Joe Bielawa/Wikimedia Commons
Joe Bielawa/Wikimedia Commons

Graças à campanha do Setembro Amarelo, aproveitamos este mês para voltar os olhares a questões como depressão e saúde mental. Depois de sua participação no Rock in Rio no último domingo (4), o cantor Justin Bieber protagonizou esse assunto, já que mesmo realizando a apresentação, cancelou todos os shows na América Latina justamente para preservar a saúde mental.

No início do ano, o artista tornou pública a sua batalha contra a Síndrome de Ramsay-Hunt, onde seu rosto estava parcialmente paralisado e como resultado dessa doença, não conseguiu completar a sua turnê mundial. Depois de descansar e consultar seus médicos, familiares e equipe, ele retomou a turnê em julho , realizando seis shows diferentes.

No entanto, o próprio Bieber assumiu que isso era cansativo e, após sua mais recente apresentação no Brasil, sentiu que não poderia mais continuar suas datas de turnê como planejado.

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"No último final de semana, me apresentei no Rock in Rio e dei tudo de mim para as pessoas no Brasil. Depois de sair do palco, a exaustão tomou conta de mim e percebi que preciso fazer da minha saúde a prioridade agora. Então eu vou fazer uma pausa nas turnês por enquanto. Vou ficar bem, mas preciso de tempo para descansar e melhorar. Estou tão orgulhoso de trazer este show e nossa mensagem de Justiça para o mundo", escreveu o cantor, nas redes sociais.

Em 2020, o cantor já tinha revelado que teve depressão e pensamentos suicidas em sua adolescência, por conta da pressão da fama e por sofrer bullying. Ele chegou a comentar sobre suas dificuldades com a saúde mental em seu documentário, Justin Bieber: Next Chapter.

Justin Bieber e saúde mental no Setembro Amarelo

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Muitas pessoas, então, passaram a enaltecer a importância da saúde mental neste período. O Setembro Amarelo é um mês dedicado à prevenção do suicídio. Segundo o Yuri Busin — psicólogo, mestre e doutor em Neurociência do Comportamento e pós-graduado em Psicologia Positiva e Terapia Cognitivo-Comportamental — a principal causa do suicídio é a depressão.

"A depressão é muito distinta de uma simples tristeza. Ela é uma falta de resposta ao mundo. Você não tem prazer em nada. É como se o mundo ficasse cinza. A tristeza faz parte da depressão mas não é o único sintoma. A tristeza, todos nós sentimos. É natural, mas ela vem, passa e logo a pessoa se restabelece. A depressão é um transtorno do humor, então naturalmente vai perdurar pelo menos duas semanas, com muitos outros sintomas", observa o especialista.

A psiquiatra Paula Dione, da Holiste Psiquiatria, reitera que é importante falar sobre depressão para que se possa entender melhor esse fenômeno e como afeta o indivíduo, além dos familiares. "O entendimento e a informação ajudam a gente a lidar melhor, tomar melhores decisões e buscar um tratamento mais adequado".

Estafa e ansiedade

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Vale levantar o alerta também para condições como a estafa e a ansiedade. "Na depressão, a pessoa está vivendo sempre no passado, e na ansiedade, a pessoa está sempre vivendo no futuro", aponta Burin. "A estafa é quando você está emocionalmente cansado. Pode se desenvolver, dentro de qualquer esfera, uma ansiedade ou depressão por causa dessa estafa, mas isso não quer dizer que vá desenvolver. Vai depender de pessoa a pessoa", acrescenta.

De acordo com Busin, a saúde mental é um "investimento em si mesmo", então buscar ajuda profissional (com um psicólogo ou psiquiatra) não é sinônimo de fraqueza.

Para Paula, reconhecer sinais de estafa, ansiedade e depressão, é necessário justamente ter acesso a informações de qualidade. "Hoje as informações de qualidade vêm de profissionais de fato capacitados, com um repertório de formação coerente com aquilo que se deseja, que vão conseguir orientar tanto o cliente mais direto, como também no auxílio às políticas públicas".

A psiquiatra ressalta que o tratamento para as condições que tanto se fala neste Setembro Amarelo não é rápido, e exige dedicação, tanto do especialista quanto do próprio paciente. 

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Fonte: People