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O que é teste combinado, que descobriu 1º caso da subvariante BA.2 nos EUA?

Por| Editado por Luciana Zaramela | 24 de Março de 2022 às 19h30

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frender/envato
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Em fase de testes, um novo programa de vigilância de casos da covid-19 nos aeroportos foi o responsável por identificar o primeiro caso da subvariante da Ômicron, a BA.2, nos Estados Unidos. O projeto envolve a estratégia de testes combinados e, até o momento, os viajantes participam de forma voluntária.

Publicado na plataforma MedRxiv, o preprint — estudo sem revisão por pares — revelou que o primeiro caso conhecido da subvariante BA.2, nos EUA, foi identificado em um grupo de viajantes sul-africanos no dia 14 de dezembro de 2021. Com isso, a entrada oficial da cepa da covid teria ocorrido uma semana antes do que se pensava inicialmente. Hoje, representa 35% dos novos casos da covid no país.

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Além da BA.2, o programa também encontrou amostras da subvariante BA.3. Esta é uma outra cepa derivada da Ômicron, mas que não apresenta crescimento expressivo. Os resultados reforçam a importância das autoridades de saúde continuarem a vigilância genômica da covid nos aeroportos.

O que é teste combinado?

Vale explicar que o uso do teste combinado é uma iniciativa liderada pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA. O programa basicamente consiste em analisar um grupo de potenciais amostras da covid-19 ao mesmo tempo. Em outras palavras, um swab nasal é coletado, de forma voluntária, de viajantes e, quando se chega a 25 amostras coletadas, um único teste é feito.

Nesta estratégia, não é possível descobrir se uma pessoa está individualmente infectada, mas se descobre se, entre um grupo de indivíduos, alguém está contaminado. Caso o teste combinado dê positivo, é possível iniciar a testagem individual. Caso contrário, todos estão livres da covid e a pesquisa coletiva reduziu, de forma significativa, os custos da testagem. Na China, a proposta já é adotada.

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No caso norte-americano, o programa começou no final de setembro 2021. O foco inicial eram pessoas que chegaram a partir de voos da Índia. Com o aumento de casos da Ômicron (BA.1), o foco mudou para viajantes da África do Sul, Nigéria, Grã-Bretanha, França, Alemanha e Brasil.

Vigilância da covid em viajantes

“Os viajantes são realmente uma população importante para rastrear doenças infecciosas novas e emergentes, porque são móveis, têm o potencial de exposição a doenças durante a viagem e podem espalhar doenças de um lugar para outro”, explicou Cindy R. Friedman, pesquisadora do CDC e uma das autoras do estudo, para o jornal The New York Times.

Agora, a equipe de pesquisadores planeja expandir o programa de vigilância da covid para mais pessoas que circulam pelos aeroportos, independente do ponto de origem. Além disso, trabalham no desenvolvimento de um estudo piloto que buscará sinais do vírus da covid nas águas residuais (esgoto) dos banheiros dos aviões, afirmou Friedman.

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Fonte: MedRxiv e NYT