O que é talassofobia? | O medo mórbido do mar e águas profundas
Por Nathan Vieira • Editado por Luciana Zaramela | •
Você tem medo do mar? A talassofobia é um mal que atinge muitos. Trata-se da aversão irracional ao mar e às águas profundas, gerando no indivíduo uma sensação de terror, pânico, ansiedade e perturbação. E não é para menos: as profundezas do oceano ainda são verdadeiramente enigmáticas, de modo que intrigam até a comunidade científica. O cenário resguarda diversas criaturas excêntricas.
A talassofobia pode levar a níveis de estresse e ansiedade anormais quando em ambientes como praias ou embarcações em alto mar, e se enquadra no transtorno de ansiedade, ou seja: leva a uma preocupação excessiva, sofrimento ou inquietude. Em casos mais graves, essa fobia pode proporcionar até mesmo sintomas físicos, como falta de ar e dor no peito.
Os principais sinais envolvem sofrimento quando se vê, pensa ou se está no mar; evitar ambientes ou atividades que envolvam o mar (como ir à praia, mergulho, passeios de barco ou esportes aquáticos) e não conseguir parar de pensar em situações desconfortáveis na possibilidade de encontrar o mar.
Além dos sinais, a pessoa pode se deparar com dificuldade de concentração, suor excessivo e tremor no corpo. Dependendo da gravidade, a fobia pode desencadear até desmaio.
Os especialistas não atribuem uma causa específica à fobia em questão. No entanto, o risco é maior quando o paciente viveu algum trauma relacionado com o mar (quando se afogou, por exemplo, ou presenciou algum acidente marítimo).
Segundo o Ministério da Saúde, a região central do cérebro é responsável pelo controle das emoções e da liberação de adrenalina, hormônio que faz com que o organismo se prepare para fugir ou lutar diante de um perigo. Em caso de pânico, esse “alarme” cerebral dispara sem que haja um perigo real, provocando a sensação de medo e mal-estar intenso.
Embora não haja pesquisas disponíveis sobre o tratamento da talassofobia especificamente, o costume é tratar de maneira semelhantes a outras fobias, com psicoterapia e terapia cognitiva comportamental. O objetivo é ajudar o paciente a lidar melhor com as situações que provocam os sintomas.
Fonte: Healthline, Ministério da Saúde