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O que é mieloma múltiplo? Conheça tratamentos e estágios da doença

Por| Editado por Luciana Zaramela | 11 de Novembro de 2021 às 17h23

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claudioventrella/Envato
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Você já ouviu falar de mieloma múltiplo? Trata-se de um tipo de câncer na medula óssea, tecido encontrado no interior dos ossos, responsável por produzir as células sanguíneas. Esse tumor maligno é mais comum em pessoas acima de 60 anos, e exige um tratamento imediato, de modo que a detecção precoce se torne essencial.

Estágios do mieloma múltiplo

O que acontece é o seguinte: o sistema imunológico é composto por vários tipos de células que trabalham juntas para combater infecções e outras doenças, o que inclui as células T e as células B. Quando as células B respondem a uma infecção, amadurecem e se transformam em células plasmáticas, capazes de produzir anticorpos. Quando as células plasmáticas (que ficam localizadas na medula óssea, no caso) se tornam cancerígenas e crescem fora de controle, ocorre o chamado mieloma múltiplo.

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Nesse caso, plasmócitos defeituosos acumulam-se na medula óssea, formando os plamocitomas, uma proliferação neoplásica, isto é, um tumor, considerado maligno. Plasmocitomas (tumores localizados) podem crescer tanto dentro do osso quanto fora. Quando crescem dentro do osso, não apenas prejudicam a produção das outras células sanguíneas como também danificam a estrutura óssea.

Vale perceber que plasmócitos anormais produzem imunoglobulinas anormais, formando a proteína monoclonal. Essa proteína está presente no sangue e na urina, e a quantidade de no organismo varia para cada paciente. É de suma importância saber se as células do mieloma produzem pouca ou muita proteína monoclonal.

Sintomas

De acordo com a Dra. Mariana Oliveira, oncologista da rede Oncoclínicas, em São Paulo, geralmente os sintomas iniciais do mieloma múltiplo costumam ser:

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  • Cansaço
  • Fraqueza
  • Dor óssea

Sendo assim, as pessoas podem confundir os sintomas com sinais de envelhecimento, principalmente considerando o público mais afetado. A médica explica que, por conta disso, o diagnóstico acaba sendo feito após complicações mais severas, como fraturas nos ossos, surgimento de infecções, anemia e perda da função renal.

Não há formas comprovadas de prevenção do mieloma, por isso a recomendação é que se fique atento a qualquer alteração na saúde, evitando a exposição a substâncias que aumentem o risco do desenvolvimento da doença. A médica sugere manter uma dieta saudável e o controle de peso, evitando assim a obesidade e possíveis consequências inflamatórias no organismo.

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Mieloma múltiplo tem cura?

O diagnóstico do mieloma múltiplo pode ser feito a partir de exame de sangue, radiografia, tomografia e/ou ressonância magnética. Dependendo do quadro clínico de cada paciente, pode ser necessária uma biópsia da medula óssea, feita a partir da retirada de um fragmento do osso da bacia para análise em laboratório.

O tratamento deve ser iniciado o quanto antes. Segundo Mariana, a quimioterapia é o tratamento mais comum, mas há ainda alternativas com o uso de terapia alvo (medicamentos inibidores que atacam as células doentes diretamente) e ainda a terapia celular, que consiste em usar as próprias células de defesa do paciente, modificadas em laboratório, para reconhecer e combater o câncer.

Há também o transplante de células-tronco periféricas, tratamento indicado para os pacientes com menos de 65 anos e resistentes à quimioterapia. Caso o mieloma múltiplo retorne mesmo após tratamento, costuma-se apostar em medicamentos imunomoduladores, anticorpos monoclonais e outras quimioterapias.

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Fonte: Com informações de American Cancer Society, Mayo Clinic, NHS, Abrale