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O que é craniotomia e quando é indicada

Por  • Editado por Luciana Zaramela |  • 

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Meta Zahren/Unsplash
Meta Zahren/Unsplash

craniotomia é uma cirurgia que envolve a remoção de uma parte do osso do crânio, na cabeça, para permitir o acesso ao cérebro. De acordo com Victor Hugo Espíndola, neurocirurgião e especialista em doenças cerebrovasculares, ela geralmente é realizada quando há um hematoma subdural crônico, sangramento comum em idosos após quedas com trauma na região da cabeça.

"Ele [o sangramento] acontece entre cerca de 20 a 45 dias após o trauma. É entre o cérebro e uma membrana que a gente chama dura-máter. Após a queda, vai tendo pequenos sangramentos, em uma velocidade muito lenta, de modo que o paciente normalmente não sente, até que atinge um certo volume e o paciente começa a ter sintoma", diz.

O sintoma mais comum é a dor de cabeça, mas à medida que esse hematoma vai crescendo, pode evoluir para perda de força de um lado do corpo, alteração da fala, perda de nível de consciência, sonolência e, se não tratado, até mesmo coma. "No momento que a gente faz o diagnóstico e o hematoma tem um volume considerável, a gente submete à cirurgia", explica.

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Segundo Fernando Gomes, neurocirurgião do Hospital das Clínicas de São Paulo, o procedimento é realizado para tratar diversas condições neurológicas, como tumores, hemorragias intracerebrais, lesões traumáticas, infecções e malformações vasculares. Ao todo, são três etapas:

  • Incisão: corte na pele do couro cabeludo para expor o crânio e remover uma parte do osso craniano, criando uma "janela" de acesso ao cérebro;

  • Acesso ao cérebro: com o osso removido, é tratada a condição específica, como a remoção de um tumor ou a coagulação de um vaso sanguíneo;

  • Fechamento: após a intervenção, a "janela" de osso é reposicionada e fixada, e o corte na pele do couro cabeludo é suturado.

"A recuperação tende a ser bem tranquila, é uma cirurgia de baixo risco. Normalmente, o paciente fica entre 24 e 48 horas na UTI, depois um dia no quarto E depois vai para casa e vai acompanhando com exames de imagem. É um pós-operatório bem mais tranquilo", aponta Espíndola.

Gomes destaca ainda que se o sangue se acumula e comprime a área do lado direito do cérebro, pode provocar redução parcial da força muscular do lado esquerdo do corpo. Se comprime o lado esquerdo do cérebro, além dessa fraqueza, pode também provocar alterações na linguagem. Se a compressão é posterior, na região da nuca, provoca alterações visuais.

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