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Número de mortes da covid-19 segue em queda — e este é um ótimo sinal

Por| Editado por Luciana Zaramela | 10 de Maio de 2022 às 11h10

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halfpoint/envato
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O mundo entra em uma nova fase da covid-19, principalmente para aquelas nações que conseguiram vacinar parte significativa de suas populações. Nas últimas 24 horas, o mundo registrou cerca de 2 mil mortes em decorrência da infecção, segundo a plataforma Our World In Data. No Brasil, foram contabilizadas 53, segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

"A queda de mortes no mundo, iniciada algumas semanas atrás, parece cada vez mais sustentável. A média móvel de mortes por covid-19 hoje é comparável com aquela das primeiras semanas da pandemia, lá por abril e maio de 2020, quando a curva estava começando a subir", explica Pedro Hallal, professor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e coordenador do Epicovid-19, em artigo para a Folha de S. Paulo.

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Para manter o quadro do coronavírus SARS-CoV-2 controlado e os sinais positivos do controle da doença, "a principal recomendação é que a população mantenha a vacina contra a covid-19 em dia", afirma Hallal. No atual cenário, são três os novos desafios do Brasil:

  • Ampliar a cobertura vacinal de forma homogênea pelos estados;
  • Estimular que as pessoas tomem as doses de reforço;
  • Ampliar a cobertura vacinal de crianças.

Como manter a queda nas mortes da covid?

"Apesar da vacinação ser um sucesso no Brasil, alguns gargalos ainda precisam ser sanados. O primeiro é a desigualdade na cobertura vacinal entre os estados da Federação. Enquanto alguns estados apresentam cobertura próxima a 90%, outros ainda patinam para ultrapassar os 50% da população imunizada", defende o epidemiologista Hallal.

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Em números, é possível comparar os dois extremos da vacinação contra a covid-19: São Paulo e Roraima. O primeiro é o estado que lidera a vacinação contra a covid-19 no país, com 85,92% imunizada com duas doses da vacina. Agora, o segundo está na "lanterninha" da imunização, aplicando as doses em apenas 48,17% da população, segundo dados do Consórcio nacional de veículos da imprensa.

Além de tornar mais homogênea a cobertura vacinal no país, é necessário garantir que as pessoas voltem aos postos de imunização para receberem as doses de reforço contra a covid-19. Apenas 41,12% da população brasileira já recebeu a terceira dose. "Comprovadamente, para as variantes mais recentes, as doses de reforço são essenciais", lembra o especialista.

Por fim, é necessário incentivar a vacinação contra a covid-19 de crianças e adolescentes. Hoje, pais e mães ainda são receosos em levar os filhos para a imunização, motivados principalmente por fake news. Por outro lado, nenhuma morte foi associada com os imunizantes disponíveis, segundo dados do próprio Ministério da Saúde.

Pandemia foi mais mortal no Brasil

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Vale lembrar que, apesar da melhora do quadro, a covid-19 foi bastante mortal no Brasil. Segundo o Conass, são mais de 664 mil mortos em decorrência da infecção causada pelo coronavírus. Atualmente, a média móvel está em 84.

"Entre os dez países mais populosos do mundo, o Brasil é o que tem a maior mortalidade relativa por covid-19", reforça o especialista. Por aqui, foram 3.104 mortes para cada um milhão de habitantes. Para comparar, o Japão registrou 236 óbitos para cada um milhão.

Fonte: Folha de S. Paulo,Our World in Data, G1 e Conass