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Novo método de alteração metabólica pode ajudar a deter obesidade e até câncer

Por| Editado por Luciana Zaramela | 16 de Janeiro de 2023 às 17h41

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Puhimec/Envato Elements
Puhimec/Envato Elements

Em estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, pesquisadores descreveram a descoberta de um método de mudança metabólica que pode ajudar a deter obesidade e até câncer. A técnica consiste em modificar a função de uma enzima essencial para a produção de gordura.

Através de experimentos em larvas de mosca-das-frutas (Tephritidae), os pesquisadores estudaram ácido graxo sintase, uma enzima que desempenha um papel na lipogênese — o processo de transformar o excesso de carboidratos da dieta em gordura.

Embora a pesquisa não tenha sido feita em humanos, os cientistas acreditam que só de descobrir a capacidade de acelerar ou desacelerar o metabolismo lipídico pode ter consequências positivas para a medicina no futuro. O estudo explica que depois que proteínas são criadas com base no código genético, sua função pode ser alterada por um processo de modificação pós-traducional. Isso altera a eficácia na produção de gordura.

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O que acontece é que, além de seu papel na obesidade, níveis elevados de lipogênese estão ligados ao câncer, portanto, controlar esse processo por meio de um único aminoácido pode levar a tratamentos direcionados e muito mais precisos do que bloquear toda a proteína.

Ciência contra a obesidade

Já não é de hoje que a comunidade científica une forças para combater a obesidade. Para se ter uma noção, recentemente a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) chegou até mesmo a aprovar o primeiro tratamento injetável para obesidade no Brasil. Trata-se do Wegovy, fabricado pela Novo Nordisk. Para chegar a essa aprovação, vários ensaios clínicos foram conduzidos.

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Esse tratamento injetável para obesidade funciona como um agonista receptor do GLP-1 (GLP-1 RA), com 94% de semelhança com o hormônio humano GLP-1 que é produzido naturalmente. A molécula induz a perda de peso, reduz a fome e aumenta a sensação de saciedade.

Fonte:  Proceedings of the National Academy of Sciences via Iowa State University