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Novo biocurativo recupera lesões cutâneas em pessoas com diabetes

Por| Editado por Luciana Zaramela | 17 de Maio de 2023 às 14h42

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Mehaniq41/Envato
Mehaniq41/Envato

Em estudo publicado na revista científica Regenerative Therapy, pesquisadores brasileiros apresentaram um novo biocurativo capaz de ajudar na recuperação de lesões cutâneas em pessoas com diabetes. O projeto busca resolver uma das maiores dificuldades dos pacientes com a cicatrização, pois o excesso de açúcar na circulação sanguínea dificulta a regeneração do tecido.

O bioadesivo é feito com uma substância chamada hidrogel de alginato e contém células derivadas do cordão umbilical humano. Para a sua elaboração, o grupo usou células mesenquimais, que secretam inúmeras moléculas bioativas com diferentes funções no processo cicatricial.

“O processo de criação do produto envolve a bioimpressão 3D, que foi feita com o apoio de uma empresa especializada e permite a confecção precisa [do curativo] de acordo com a área de aplicação e a correta distribuição das células mesenquimais pelo hidrogel, o que as mantêm viáveis durante o processo de impressão e de utilização”, explicam os pesquisadores.

O biocurativo contém células vivas, capazes de perceber os sinais emitidos pela lesão na pele e responder liberando citocinas e fatores de crescimento de acordo com a necessidade do tecido. Na prática, a novidade atua nas diferentes fases da cicatrização da pele.

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O experimento foi conduzido em camundongos. Após dez dias de tratamento, os animais com diabete tratados com curativos comuns apresentaram feridas com cerca de 50% de abertura, enquanto as feridas nos animais diabéticos que receberam o biocurativo inteligente estavam com cerca de 20% de abertura.

De qualquer forma, ainda há um longo caminho até que o biocurativo se torne uma realidade. Para tornar possível o uso no tratamento de feridas em pacientes diabéticos, ainda são necessários ensaios clínicos. Mas os próprios pesquisadores ressaltam que, uma vez positivos os resultados, o próximo passo envolve solicitar a aprovação do produto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Fonte: Regenerative Therapy via Jornal da USP