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Beber até apagar pode ter relações com doenças neurodegenerativas no futuro

Por| 14 de Setembro de 2020 às 18h20

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Jarmoluk/Pixabay
Jarmoluk/Pixabay

Se você nunca bebeu até apagar completamente, é provável que pelo menos já tenha precisado cuidar de alguém que fez isso. Na última quarta-feira (9) foi publicado um estudo sobre o consumo de álcool, feito pela University College London, que apontou que quem bebe muito pode correr um risco maior de desenvolver demência no futuro.

A equipe de médicos da University College London descobriu que aqueles que bebiam a ponto de perder a consciência desenvolviam doenças neurodegenerativas duas vezes mais, em comparação com os que não bebiam. Os cientistas analisaram 131.415 participantes e os acompanharam mais de uma década depois. Curiosamente, o aumento do risco não depende tanto de fatores como quantas bebidas um participante bebeu por semana.

O que acontece é que as pessoas que bebem com mais frequência ​​têm 1,2 vez o risco de desenvolver demência em comparação com pessoas que bebem moderadamente. No entanto, pessoas que chegam a perder a consciência, ainda que bebam moderadamente, chegam a ter duas vezes mais risco de desenvolver demência do que aqueles que não o fizeram.

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O estudo não demonstra que beber muito causa demência, por si só, pois é possível que algumas pessoas com doenças neurodegenerativas tenham começado a beber mais ou se tornado mais suscetíveis a desmaiar. Mas, de qualquer forma, há implicações preocupantes para aqueles que às vezes bebem além do limite. O estudo ainda tem alguns poréns, em parte porque os participantes podem não ter fornecido informações tão verídicas assim.

"O consumo geral auto-relatado e a perda de consciência devido ao consumo de álcool foram avaliados no início do estudo. Como muitas pessoas se referem a 'desmaiar' como adormecer após ingestão excessiva de álcool, esses números provavelmente superestimam, em vez de subestimarem a perda real de consciência relacionada ao álcool”, escreveram os cientistas no artigo.

Os dados sobre o estado de demência foram extraídos de registros de internações hospitalares, registros de óbitos e reembolsos para tratamento médico com qualquer menção de demência no diagnóstico. Os registros eletrônicos incluíam a data exata do diagnóstico ou óbito, e a duração do acompanhamento foi medida como a diferença entre a data do exame inicial e a data do diagnóstico ou óbito. "Usando os mesmos registros eletrônicos de saúde, medimos os seguintes distúrbios como mediadores potenciais da associação entre consumo de álcool e demência: doenças do fígado e rins, epilepsia, distúrbios de humor, diabetes, hipertensão, arritmia, infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca, hemorragia subaracnoide, hemorragia intracerebral, infarto, lesões na cabeça e outras lesões", conclui o estudo.

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Fonte: JAMA Network Open via Futurism