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Nova PrEP: Brasil deve adotar remédio injetável na prevenção do HIV

Por| Editado por Luciana Zaramela | 21 de Março de 2022 às 14h09

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AtlasComposer/Envato Elements
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Através da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), os brasileiros devem ter acesso a um novo tipo de Profilaxia Pré-exposição (PrEp) contra o vírus da Aids, o Cabotegravir. A medicação injetável é usada em tratamentos que buscam impedir a contaminação pelo agente infeccioso, voltados para pessoas com alto risco de exposição ao HIV. Em vez de tomar comprimidos diários ou semanais, o remédio é injetado e tem ação prolongada na proteção do organismo.

A iniciativa pela prevenção de novos casos do HIV surgiu a partir de uma parceria entre a Unitaid — a agência global de saúde ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS) —, o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) e o Ministério da Saúde.

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O financiamento da implementação da nova política de controle ao HIV será feito pela Unitaid, conforme anunciado na sexta-feira (18) durante seminário.

Remédio injetável na prevenção do HIV

“A PrEP com Cabotegravir de longa duração (CAB-LA) é uma estratégia nova e poderosa que pode realmente fazer a diferença no controle da epidemia de HIV/Aids”, explicou Beatriz Grinsztejn, chefe do laboratório de Pesquisa Clínica em DST e Aids do INI/Fiocruz e a coordenadora do novo projeto.

Em estudos clínicos, o remédio injetável se mostrou mais eficaz que a PrEP oral diária na redução de risco de infecção pelo HIV com apenas seis injeções por ano. Após cada aplicação do medicamento, o paciente tem oito semanas de proteção contínua contra o vírus da Aids.

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Como a medicação será usada no Brasil?

No Brasil, a iniciativa terá como público alvo os grupos mais vulneráveis à infecção pelo HIV, atendendo dois principais grupos:

  • Homens que fazem sexo com homens, de 18 a 30 anos;
  • Mulheres trans, de 18 a 30 anos.

A ideia é que a medicação possa integrar o programa nacional de saúde, gerando dados que apoiarão sua implantação global, afirmou Mauricio Cysne, diretor de Relações Exteriores e Comunicação da Unitaid. A terapia deve ser disponibilizada no Sistema Único de Saúde (SUS), mas ainda não há um prazo definido para a chegada.

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Iniciativa deve envolver também a África do Sul

Além do Brasil, um projeto similar deve ser implementado na África do Sul. Por lá, o foco da PrEP injetável deverá ser adolescentes e jovens mulheres, que são infectados pelo vírus da Aids em taxas desproporcionalmente altas.

"Na África subsaariana, seis em cada sete novos casos de infecção [do HIV] em adolescentes ocorrem em garotas, e mulheres jovens têm o dobro do índice de contaminação em relação a homens jovens", segundo informa a Fiocruz.

Fonte: Agência Fiocruz