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Nova carteira de identidade indicará doadores de órgãos

Por| Editado por Luciana Zaramela | 02 de Março de 2022 às 18h55

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LightFieldStudios/envato
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A nova carteira de identidade brasileira passará a indicar se o cidadão é doador de órgãos ou não. Para isso, a pessoa precisa manifestar seu desejo de doar órgãos após a morte já no momento de fazer o documento, que entrou em vigor na última terça (1). Ainda que a informação esteja presente no registro, continua nas mãos da família a tarefa de autorizar a retirada.

De acordo com o Governo Federal, a emissão da carteira de identidade é gratuita, e a ideia é que o documento seja mais seguro devido à possibilidade de validação eletrônica de autenticidade por QR Code, inclusive off-line. A população também terá acesso à carteira de identidade digital pelo gov.br, a plataforma de serviços e relacionamento do cidadão com o Governo Federal.

O número usado para o registro nacional será o do CPF, e o visual do documento também será único para todo o país. Se quem for solicitar o documento ainda não tiver o CPF, o órgão de identificação local pode realizar de imediato a inscrição dessa pessoa.

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O Governo também anunciou que não é necessário que o cidadão se apresse para trocar o documento, uma vez que o RG continuará sendo aceito por até 10 anos desde a última expedição.

Doação de órgãos

Segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), a doação acontece apenas quando a pessoa teve morte encefálica. Nessa condição, é possível aproveitar pulmões, coração, fígado, pâncreas, intestino, rins, pele, veias, válvulas cardíacas, ossos e tendões. A exceção à regra é a córnea, que não possui essa exigência.

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Existem, ainda, casos em que a pessoa doa órgãos ainda viva: tecidos, medula óssea, um dos órgãos duplos (como o rim), parte do fígado ou do pulmão.

A Associação reitera que a pessoa pode ser doadora após a morte mesmo que tenha tido determinadas doenças, como diabetes, hipertensão, doença de Chagas, hepatite, etc. Nesses casos, a equipe avalia o órgão antes que a doação aconteça. Por outro lado, pessoas com HIV, câncer e infecção severa não podem doar. Se a pessoa morreu de covid-19, a doação também é contraindicada.

"Para ser doador não é necessário deixar nada por escrito, mas é fundamental comunicar à sua família o desejo da doação. A família sempre se aplica na realização deste último desejo, que só se concretiza após a autorização desta, por escrito", afirma a ABTO em seu site oficial. Após o diagnóstico de morte encefálica, a família é consultada e orientada sobre o processo de doação de órgãos.

Fonte: Governo do Brasil, G1, Associação Brasileira de Transplante de Órgãos