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Norovírus: estes são os sintomas do vírus causador de surto em Salvador

Por| Editado por Luciana Zaramela | 06 de Maio de 2022 às 15h25

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Twenty20photos/Envato Elements
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Na capital da Bahia, aumenta o número de casso oficialmente registrados de norovírus, segundo levantamento do laboratório de virologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA). A situação de Salvador é indicativa de um possível surto da infecção que se assemelha com os sintomas da intoxicação alimentar, marcada por vômitos e diarreia.

Entre o final de abril e o começo de maio, 15 casos foram confirmados de norovírus. O número pode parecer baixo, mas poucos casos são testados e analisados em laboratório, o que aponta para o risco de subnotificação de casos do agente infeccioso.

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Apesar do aumento de casos e da demanda por atendimento nas Unidades de Pronto Atendimento (Upas) e gripários, oficialmente, a Secretaria Municipal de Saúde nega que a cidade enfrente um surto do norovírus.

Relatos médicos do avanço da infecção

"Já encontrei esse vírus em amostra de fezes de um hospital particular e soube que em outros hospitais estão chegando pessoas com diarreia e com vômito. É bom fazer um alerta, porque tenho encontrado, em amostras que recebi de um hospital, o vírus norovírus", explica Gúbio Soares, virologista do Instituto de Ciências da Saúde da UFBA, para o G1.

Segundo o especialista, os casos do norovírus chamam a atenção, "porque ele não é um vírus comum de aparecer, nem que está sempre presente na população. Quando ele aparece a tendência é aumentar e causar um grande surto".

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Quais os sintomas do norovírus?

"O norovírus é um vírus muito contagioso que causa vômitos e diarreia", define o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos. Segundo a entidade, este agente infeccioso provoca a inflamação do estômago e/ou dos intestinos, causando um quadro de gastroenterite aguda.

Entre os principais sintomas da infecção, o CDC destaca:

  • Diarreia;
  • Vômito;
  • Náuseas;
  • Febre.
  • Dor de estômago;
  • Dores no corpo;
  • Dor de cabeça.
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Os sintomas da infecção surgem entre 12h e 48h após a o indivíduo contrair a infecção, segundo o CDC. Apesar da intensidade do quadro, a maioria das pessoas tende a melhorar dentro de um a três dias.

Intoxicação alimentar?

Por causa dos sintomas gastrointestinais, é comum a infecção do ser chamada de "intoxicação alimentar" ou ainda de "infecção estomacal”. Embora os norovírus sejam a principal causa de doenças transmitidas por alimentos, outros germes e produtos químicos também podem causar os mesmo sintomas. Em outras palavras, este não é o único causador de vômitos e diarreia.

Riscos da desidratação

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Devido aos sintomas mais comuns da infecção, o paciente pode sofrer com a desidratação. O quadro se intensifica em crianças pequenas, idosos e indivíduos com outras doenças já existentes. De forma geral, a indicação é a ingestão de bastante água, o que evita possíveis complicações e ajuda a melhorar o estado geral de saúde da pessoa.

Como se proteger?

O norovírus é transmitido através da ingestão de substâncias contaminadas ou do contato com pessoas doentes. Nesse sentido, é importante tomar alguns cuidados extras para impedir a infecção, como:

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  • Evitar o contato com pessoas que estão com sintomas gastrointestinais;
  • Consumir alimentos ou água contaminados;
  • Sempre lavar frutas e legumes antes do consumo;
  • Lavar as mãos com frequência.

"A maioria desses surtos ocorre em ambientes de serviços de alimentação, como restaurantes", explica o CDC sobre a incidência de casos entre os norte-americanos. No caso de Salvador, ainda não foi esclarecido a origem das infecções.

Existe tratamento?

Não existe tratamento específico para o norovírus. Dessa forma, o tratamento médico é paliativo e busca aliviar os sintomas do paciente. A principal orientação é manter o corpo hidratado, garantido a reposição de eletrólitos. Para isso, o paciente pode usar sais orais ou ainda o soro caseiro. Em casos graves, pode ser necessária a hidratação endovenosa. A confirmação do diagnóstico é feita através do exame de fezes

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Fonte: CDC, Estado de Goiás e G1