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Mortes por covid-19 deixam necrotérios de Hong Kong superlotados

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Mint_Images/Envato
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As mortes por covid-19 levaram a uma superlotação nos necrotérios de Hong Kong, de modo que os corpos passaram a ser armazenados em macas nos corredores de hospitais públicos. Em alguns casos, o cadáver chega a ficar por um dia na unidade de emergência antes da transferência para o necrotério do hospital.

Os próprios profissionais da área da saúde reconhecem que o sistema está completamente sobrecarregado. Segundo relatos de alguns deles, três necrotérios públicos atingiram 90% da capacidade na última semana, por conta de um aumento súbito no número de casos de covid-19 que culminou em um recorde de mortes.

Para se ter uma noção, os necrotérios de Fu Sha e Kwai Chung aumentaram a capacidade de 506 corpos para 1.350, e ainda assim, ficaram superlotados rapidamente. Por conta da alta no número de mortes, as equipes médicas afirmam que não está sendo fácil lidar com o transporte de cadáveres com a agilidade necessária, o que leva à necessidade de mantê-los nas salas de emergência.

Desde fevereiro, Hong Kong vê um aumento preocupante nos números relacionados à covid-19, chegando a quase 700 mil casos. No último domingo (13), o território registrou 32.430 novos casos e 248 mortes.

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Segundo o Our World In Data, Hong Kong teve mais de 37 mortes diárias por milhão de habitantes, um índice que no Brasil chega a 1,83. Assim, o território asiático passou a ter a taxa de mortalidade mais alta no mundo.

China teme alta de casos de covid-19

Em paralelo, a China enfrenta uma alta no número de casos, por conta da variante Ômicron. Só na última terça (15), foram registrados 5.280 novos casos da doença. Mais de 30 milhões de chineses se encontram confinados atualmente, por conta do lockdown. A medida é imposta graças ao alto número de casos de covid-19 — a pior estatística desde o início da pandemia.

Fonte: South China Morning Post, The Standard, BBC