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Molécula Keanu Reeves pode combater doenças causadas por fungos

Por| Editado por Luciana Zaramela | 07 de Fevereiro de 2023 às 19h30

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Paris Filmes
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Cientistas alemães descobriram uma molécula com ação antifúngica, as keanumicinas, produzidas por bactérias. A curiosidade na descoberta é que o nome do composto natural está diretamente relacionado com o ator Keanu Reeves e seu icônico personagem John Wick. Isso porque, tal como o assassino de aluguel, a nova substância é especialista em matar, mas, no caso, o alvo são os fungos resistentes aos medicamentos tradicionais.

Quando se pensa em resistência antimicrobiana, a primeira imagem é a das superbactérias que resistem aos antibióticos comuns e causam milhares de mortes anuais. Só que, nos últimos anos, os fungos também estão se tornando mais perigosos e controlá-los em plantas e humanos tem se tornado uma tarefa mais difícil.

Neste contexto, a descoberta do ingrediente ativo keanumicina é bastante promissora, mesmo que testes ainda sejam necessários, segundo os pesquisadores do Instituto Leibniz-Gemeinschaft, na Alemanha. O estudo sobre a ação antifúngica do composto inspirado em Keanu Reeves foi publicado na revista científica Journal of the American Chemical Society.

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Como age a molécula Keanu Reeves contra fungos?

Para entender, as keanumicinas são um dos compostos produzidos, de forma natural, pelas bactérias do gênero Pseudomonas. Na ciência, já se conhecia o efeito delas contra alguns tipos de amebas, como a Dictyostelium discoideum, mas o efeito antifúngico era desconhecido.

Em testes com as moléculas Keanu Reeves, os pesquisadores já identificaram que elas eliminam o fungo Botrytis cinerea, também conhecido como mofo-cinzento, especialmente em plantações de morangos. Anualmente, esse patógeno causa inúmeras perdas aos agricultores.

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Potencial uso da keanumicina em humanos

Por enquanto, os benefícios da keanumicina para humanos já foram observados in vitro (em laboratório). "A substância isolada age contra vários fungos que infectam humanos. Verificamos que ela inibe fortemente o fungo patogênico Candida albicans, entre outros", afirma Sebastian Götze, um dos autores do estudo, em comunicado.

Conforme apontam os dados iniciais, o composto não é tóxico para o organismo e, mesmo em pequenas doses, pode ser eficaz, o que o torna candidato ideal para o desenvolvimento de novos medicamentos pela indústria farmacêutica.

Fonte: Journal of the American Chemical Society e Instituto Leibniz-Gemeinschaft