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Ministério da Saúde negocia 25 mil doses de vacina contra mpox

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Steven Cornfield/Unsplash
Steven Cornfield/Unsplash

Na última quinta-feira (15), o Ministério da Saúde anunciou que está em negociação com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) para adquirir 25 mil doses de vacina contra a mpox. A fórmula Jynneos já está autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2023.

A autorização da vacina Jynneos acompanhou a primeira declaração de mpox enquanto emergência global, encerrada em maio de 2023. No entanto, na última quarta-feira (14), a doença voltou a ser declarada emergência de saúde, por causa dos surtos na África.

Essa autorização chegou a ser renovada em fevereiro deste ano, mas estava para vencer neste mês de agosto. Por isso, o Ministério da Saúde também precisou entrar com um novo pedido de renovação.

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Vacina contra mpox

A vacina Jynneos é originalmente feita contra a varíola. A fórmula contém o vírus vaccinia (Vacv) enfraquecido para se tornar incapaz de causar formas mais graves da doença.

Na prática, a vacina consegue induzir a produção de células T que também reconhecem a mpox. O imunizante faz o organismo agir da seguinte forma: ao reconhecer as células infectadas, as células T limitam a quantidade de vírus que podem se espalhar dentro do corpo.

Segundo a Anvisa, o imunizante é destinado a adultos (a partir dos 18 anos) e tem prazo de até 60 meses de validade, quando conservado entre -60 graus Celsius (°C) e -40°C.

Durante a primeira emergência, mais de 29 mil doses contra a mpox foram aplicadas no Brasil. O público-alvo incluía pacientes com HIV/aids e profissionais de laboratórios destinados a trabalhos envolvendo agentes biológicos de risco moderado.

O público-alvo da época da primeira vacinação também envolveu pessoas que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pacientes com suspeita de infecção por mpox.

A secretária de Vigilância em Saúde do ministério, Ethel Maciel, ressalta que a vacina Jynneos tem uma produção pequena e há insuficiência no mercado internacional, por isso a negociação.

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“Neste momento, estamos negociando com a Opas um processo de compra. Para que, além daquelas pessoas que já vacinamos, ter uma reserva no Brasil”, completou.

A emergência da mpox

Atualmente, 16 países são atingidos pela doença, mas o maior destaque vai para a República Democrática do Congo. A situação é alarmante, estatisticamente falando: os casos de mpox relatados na África aumentaram em 160% quando se comparam os dados de 2023 com os de 2024. 

Em junho, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já tinha pedido urgência por causa de uma nova variante da mpox — uma versão mutante do Clado I, com taxas de letalidade em torno de 5% em adultos e 10% em crianças.

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Mpox no Brasil

Segundo Ethel Maciel, por enquanto o Brasil está no nível 1, o menos alarmante, com cenário de normalidade para a doença e sem casos da nova variante identificada na República Democrática do Congo, na África. O último óbito pela doença em solo brasileiro foi registrado em abril de 2023.

De acordo com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, agora é um momento para se concentrar na vigilância e no monitoramento acerca da mpox. “Muitas vezes, as pessoas ficam ansiosas. A vacina sempre gera uma grande expectativa. Mas é importante reiterar que, nos casos em que se recomenda a vacinação, ela é muito seletiva, focada em públicos-alvo muito específicos até este momento”, afirma.

Fonte: Agência Brasil