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Ministério da Saúde estima 3 mil mortes diárias por COVID-19 em março

Por| Editado por Luciana Zaramela | 05 de Março de 2021 às 16h20

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Daniel Roberts/Pixabay
Daniel Roberts/Pixabay

Nesta sexta-feira (5), uma apuração do Valor trouxe à tona uma nova projeção do Ministério da Saúde: o alcance de 3 mil mortes diárias por COVID-19 no mês de março. A estimativa é que o Brasil atravesse nas próximas duas semanas o pior momento da pandemia. Anteriormente, especialistas já trabalharam com a possibilidade de um colapso acontecer nesse período, com os hospitais atingindo a marca dos 90% de ocupação nos leitos.

Na última quinta (4), nove capitais brasileiras declararam colapso: Porto Alegre soma 100% de ocupação hospitalar nas redes pública e privada, com Fortaleza (91,69%) e Natal (91,60%) atrás. No caso das outras, o colapso envolve apenas a rede pública, sendo que Rio Branco atingiu 93,7% de ocupação. Na esteira vem São Luís (91,12%), Florianópolis (95,1%), Curitiba (93%), Goiânia (95,5%) e Porto Velho (100%).

A análise do Valor é baseada em fatores como o alastramento do vírus em todo o país, as aglomerações no fim do ano e no Carnaval, a dificuldade da população de manter-se em isolamento social e a circulação de novas variantes mais contagiosas e com grande carga viral, além, é claro, da situação do sistema hospitalar nos estados e a falta de vacinas disponíveis para imunizar a população brasileira.

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Os alertas estão voltados principalmente a locais em que a ocupação de leitos de UTI tem estado próxima ou acima de 100%, algo que já é uma realidade no Rio Grande do Sul, por exemplo. Na região Norte também há preocupações quanto à pouca disponibilidade de leitos, e a preocupação envolve Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, embora, do ponto de vista do Ministério, São Paulo tenha conseguido lidar com a situação (pelo menos por enquanto) por possuir a maior rede hospitalar do país.

Por outro lado, as projeções do Ministério apontam que a vacinação começará a se acelerar a partir deste mês, com a maior produção do Butantan e da Fiocruz. Inclusive, já relatamos recentemente a chegada de matéria prima para produzir 14 milhões de doses da CoronaVac em São Paulo. Com a chegada das vacinas, a expectativa da pasta é vacinar 70 milhões de pessoas até o fim de junho. O grupo prioritário contempla idosos com mais de 60 anos, pessoas com comorbidades e médicos, professores, policiais, indígenas, entre outros.

O ministério espera para o primeiro semestre a aplicação de apenas 9 milhões de doses desse total, todas da Pfizer. Outras 30 milhões de doses da fabricante americana devem chegar entre julho e setembro. As entregas se aceleram no último trimestre, com 61 milhões de doses. Segundo o Valor Econômico, a ideia é autorizar a compra de vacinas por empresas privadas somente quando os grupos prioritários estiverem imunizados. O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, espera que toda a população esteja vacinada até o fim do ano.

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Fonte: Valor Econômico