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COVID-19 | Nove capitais brasileiras atingem colapso, com 90% das UTIs ocupadas

Por| Editado por Jones Oliveira | 04 de Março de 2021 às 12h30

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Adhy Savala/Unsplash
Adhy Savala/Unsplash

Há poucos dias, especialistas estimaram que, nas próximas duas semanas, o Brasil pode mergulhar num colapso na área da saúde. Os infectologistas chegaram até a classificar como um "cenário de guerra". E nesta quarta-feira (4), nove capitais brasileiras declararam colapso, ou seja, uma ocupação de 90% das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs): Porto Alegre, Fortaleza, Natal, Rio Branco, São Luís, Florianópolis, Curitiba, Goiânia e Porto Velho.

Os dados de ocupação dessas capitais são os seguintes: Porto Alegre soma 100% de ocupação hospitalar nas redes pública e privada, com Fortaleza (91,69%) e Natal (91,60%) atrás. No caso das outras, o colapso envolve apenas a rede pública, sendo que Rio Branco atingiu 93,7% de ocupação. Na esteira vem São Luís (91,12%), Florianópolis (95,1%), Curitiba (93%), Goiânia (95,5%) e Porto Velho (100%).

As capitais em colapso estão presentes em quatro regiões do país, com exceção do Sudeste, que já vê um colapso se aproximar na rede pública do Rio de Janeiro, com 88% de ocupação dos leitos de UTI, e na rede de hospitais privados de São Paulo, com 92%. O colapso de um sistema de saúde é definido pelos especialistas como a "relação entre a demanda de pacientes que buscam por internação e o número de leitos disponíveis". Isso significa que se a taxa de ocupação ultrapassar 90% a crise está em curso.

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Na última terça-feira (2), o país registrou o recorde de mortes diárias por COVID-19: 1.641. Até o momento, houve 257.361 mortes. O número de casos atingiu 10.646.926. A CNN fez um levantamento com a ocupação dos leitos de internação nos estados.

Região Sul

No Paraná, a ocupação leitos UTI rede pública foi de 92% (adulto), 32% (pediátrico), e enfermaria com 74% (adulto), 38% (pediátrico). Curitiba conta com ocupação de leitos de UTI SUS COVID-19 em 93%. Santa Catarina, por sua vez, ocupa 94,4% (UTI adulto: 97,4% | UTI pediátrico: 64,3% | neonatal: 92,3%).

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Florianópolis mostra ocupação de leitos UTI SUS de 95,1% (98,15% adulto | 80% pediátrico | 90,91% neonatal), enquanto Rio Grande do Sul apresenta a ocupação de leitos UTI Adulto de 99,3% (Taxa Geral - SUS+Privados), leitos UTI SUS de 90,3%, leitos UTI privados de 126% e leitos COVID-19 Clínicos 67,2%.Porto Alegre mostra ocupação de leitos de UTI na rede pública e privada de 100,56%.

Sudeste

Em São Paulo, a ocupação nos leitos UTI é de 75.3% no estado e 76,7% na Grande SP. Já a ocupação de leitos na enfermaria é de 56,8% no estado e 63,5% na Grande SP. São Paulo (capital) traz taxa de Ocupação de UTI de 77% (Hospitais municipais: 76%, hospitais contratualizados: 92%). No Rio de Janeiro, a ocupação das UTIs é de 64,5%, e da enfermaria é de 42,90%. No Rio de Janeiro (capital), a ocupação das UTIs sobe para 88%, enquanto a ocupação da enfermaria é de 65%.

Em Minas Gerais, a ocupação das UTIs do SUS é de 37,94%, e a enfermaria de 12,22%. A taxa de ocupação geral de leitos de UTI SUS é de 76,04%, e 66,42% enfermaria. Belo Horizonte ocupa 76,3% das UTIs e 58% das enfermarias. O Espírito Santo aponta ocupação de leitos UTI COVID SUS em 75,36% e enfermaria em 64,71%, enquanto Vitória e região metropolitana apontam 72,38% de ocupação na UTI COVID SUS e 86,65% da enfermaria.

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Centro-Oeste

O Distrito Federal declara ocupação de leito UTI COVID-19 de 81,87%. No Mato Grosso do Sul apresenta, a ocupação dos Leitos públicos UTI adulto é de 90%. Já a ocupação da enfermaria para o público adulto é de 43%. Privados UTI adulto fica com 80% e privados enfermaria adulto com 68%. Em Goiás, a situação é a seguinte: ocupação UTI COVID SUS: 95,67%; e ocupação Enfermaria COVID: 81,46%. Na capital, Goiânia, UTI COVID SUS aponta 95,5% de ocupação, e Enfermaria 97,32%. Mato Grosso apresenta ocupação de Leitos UTI SUS em 82,80%, Leitos Enfermaria em 28,02% e Leitos de UTI's adultos contratualizados em 88,68%.

Nordeste

Na Bahia, a ocupação de UTIs para o público adulto é de 82%, pediátrica 67%, enfermaria adulta 65% e enfermaria pediátrica 82%. Salvador aponta a ocupação da UTI adulto (públicos + contratualizados) em 85%, clínico adulto 82%, UTI pediátrica 63%, clínico pediátrico 86%. No Alagoas, a situação é de
72% de ocupação UTI (leitos públicos + contratualizados), 33% UTI Intermediária e 56% Leitos clínicos. Maceió declara ocupação de UTI de 66%, UTI Intermediária 47% e leitos clínicos: 62%.

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No Rio Grande do Norte, a ocupação leitos de UTI para COVID-19 (públicos + privados) é de 91,55%, e leitos clínicos de 75,23%. 15 hospitais estão com 100% de ocupação. Na capital, Natal, há ocupação de leitos em 91,6%, Oeste 97.6% e Seridó:97,1%. No Ceará, a UTI (público + contratualizados + privados) mostra ocupação de 90,52% (UTI adulto: 94,11%) e enfermaria 73,47%. Fortaleza apresenta UTI (público + contratualizados + privados) com 91,69% de ocupação (UTI adulto: 94,02%) e enfermaria (adulto) com 93,98%.

Em Pernambuco, os leitos de UTI público estão ocupados em 93%, leitos de enfermaria público em 78%, leitos de UTI privados em 89% e leitos de enfermaria privados em 48%. Em Recife, os leitos UTI SUS estão em 80,6%, eenquanto os leitos enfermaria SUS estão em 61,6% de ocupação. No Piauí, a ocupação de leitos de UTI (rede pública + privada) está em 75,8%; ocupação leitos clínicos 64,4%; Ocupação leitos de estabilização 28,7%; leitos com respirador (UTI+estabilização) com 66,7%. Teresina apresenta ocupação de leitos de UTI COVID (pública + privada) de 76,5%.

A situação do Maranhão envolve ocupação UTI exclusivo COVID SUS em 79,8%. De 392 leitos no estado, 313 ocupados. Na capital, São Luís a taxa de ocupação de Leitos de UTI exclusivos COVID-19 é de 91,12%. Na Paraíba, é de 72% (Leitos enfermaria: 59%). João Pessoa aponta taxa de ocupação de leitos de UTI de 87,4%. Por sua vez, a taxa em Sergipe é a seguinte: UTI Adulto público: 63% | 92,2% privado, enfermaria público 49,7%, 96,8% privado e taxa leito UTI + UTI neonatal + clínico de 89,5%.

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Norte

Por fim, na região Norte, temos o Acre com a taxa de ocupação em Leitos UTI SUS de 92,5%, e leitos clínicos do SUS com 85,5%. Em sua capital, Rio Branco, a taxa é a seguinte: Total UTI: 93,7% (Pronto Socorro: 86,7% | Hospital de Campanha: 98%). No Tocantins, UTI SUS com 84% e Enfermaria SUS: 59%. Palmas está com taxa de Ocupação dos Leitos UTI COVID (públicos e contratualizados) de 87,9%. Rondônia traz uma taxa de ocupação de 97,18% na UTI para adulto (público). Porto Velho traz a taxa de 100% na UTI adulta (pública). Roraima apresenta UTI adulto SUS em 80% de ocupação, semi-intensiva adulto com 100% e clínicos adulto com 76%.

O Amazonas traz ocupação de leitos UTI COVID (público + privado) em 81,9%, e enfermaria COVID em 56,5%. Manaus está com ocupação de leitos de UTI da rede pública em 86,03%, e de leitos de UTI COVID-19 na rede privada está em 73,30% As salas de emergência (salas vermelhas) para pacientes graves de COVID-19 na rede pública estão em 38,16% e na rede privada em 22,22%.

O Amapá apresenta ocupação de UTI adulta (público) em 75,64% e UTI pediátrica (público) em 75%, bem como clínico adulto 57,03% e clínico pediátrico (público) 50%, UTI adulto (privado) 70% e Clínico Adulto (privado) 66,07%. No Pará, a situação envolve UTI adulto SUS com 81,91% e enfermaria com 62,23%. Por fim, Belém enfrenta ocupação de 66,6% em leitos de UTI e 94% em leitos clínicos.

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*Os dados dizem respeito até a última terça-feira (2).

Fonte: CNN