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SP recebe matéria prima para produzir 14 milhões de doses da CoronaVac

Por| Editado por Claudio Yuge | 04 de Março de 2021 às 15h30

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Alena Shekhovtcova/Pexels
Alena Shekhovtcova/Pexels

A vacinação contra a COVID-19 já está acontecendo em muitos lugares, incluindo São Paulo, que conta com a CoronaVac, imunizante desenvolvido pela biofarmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan. Nesta quinta-feira (4), chegou da China uma carga de 8,2 mil litros de IFA (Insumo Farmacêutico Ativo), o suficiente para a produção de 14 milhões de doses.

“Esta é a maior de todas as remessas que já chegaram, e com ela o Butantan e o Governo de SP fornecem ao Brasil um total de 35 milhões de doses da vacina, para salvar os brasileiros. E o que mais precisamos é de vacinas, não apenas a do Butantan mas de outras também. Nós estamos entrando nas duas mais graves semanas da COVID-19. Estamos à beira do colapso em todo Brasil, só há uma salvação, além dos cuidados do uso de máscara e não aglomerações: são as vacinas. São Paulo e o Butantan estão cumprindo o seu papel fornecendo 100 milhões de vacinas”, disse Doria.

A carga chegou em um voo da companhia aérea TAP e passou por escalas em Helsinque, na Finlândia, e Lisboa, em Portugal. Além dessa nova carga, no dia 3 de fevereiro, o Butantan já tinha recebido um carregamento com 5,4 mil litros de IFA vindos da China. No dia 10, chegaram outros 5,6 mil litros de matéria-prima.

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Desde 17 de janeiro, o Instituto Butantan já entregou 14,45 milhões de doses da vacina contra a COVID-19 para uso no SUS (Sistema Único de Saúde). A expectativa é que, até o final de março, sejam entregues outras 21 milhões de doses, e que até 30 de abril, o total de vacinas do Butantan ao país some 46 milhões. Vale lembrar que o instituto em questão também pretende entregar ao Ministério da Saúde outras 54 milhões de vacinas contra a COVID-19 até 30 de agosto, totalizando 100 milhões de doses previstas.

CoronaVac

No fim de janeiro, a equipe do Canaltech fez algumas perguntas para o Dr. Bernardo Almeida, médico infectologista e Chief Medical Officer do laboratório de análises clínicas Hilab, justamente sobre o imunizante chinês. "É uma vacina para SARS-CoV-2 constituída por vírus inativado. É uma metodologia bastante consolidada para outras doenças como a poliomielite e a influenza. O vírus composto na vacina é incapaz de gerar infecção, pois está morto. Porém, é capaz de gerar resposta imune semelhante à infecção, gerando proteção ao indivíduo quando houver exposição futura ao vírus", esclareceu, na ocasião.

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Questionado sobre as contraindicações, o especialista apresentou: "Alergia a qualquer um dos componentes desta vacina ou pacientes com febre, doença aguda e início agudo de doenças crônicas. Os excipientes da vacina incluem hidróxido de alumínio, hidrogenofosfato dissódico, di-hidrogenofosfato de sódio, cloreto de sódio. São componentes também presentes em outras vacinas".

Fonte: Governo de São Paulo