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Mau hálito pode ser sinal de alerta para diabetes

Por| Editado por Luciana Zaramela | 26 de Junho de 2023 às 08h00

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YuriArcursPeopleimages/Envato
YuriArcursPeopleimages/Envato

Neste Dia Nacional do Diabetes (26), especialistas apontam para o fato dessa doença metabólica ser, às vezes, silenciosa. Nesses casos, o paciente pode descobrir o diagnóstico quando a condição já está avançada. No entanto, o que pouca gente sabe é que a halitose, popularmente conhecida como mau hálito, pode ser um dos indicadores do problema provocado pela falta de insulina no sangue.

Com ou sem diagnóstico, pessoas com diabetes tipo 1 ou 2 têm maior risco de apresentar problemas de saúde bucal, incluindo casos de gengivite. Em especial, está o mau hálito, como afirma Cláudia C. Gobor, dentista especialista em halitose e diretora-executiva da Associação Brasileira de Halitose (ABHA).

O que é mau hálito?

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Quando o assunto é mau hálito, não tem muito o que perfumar, já que a condição é mesmo definida pelo mau cheiro proveniente da boca do paciente. Na maioria das vezes, o odor é causado pelos gases das bactérias, que vivem nos dentes e na superfície da língua. Há até quem relata ter hálito de fezes.

A questão é que a halitose pode ser um simples indicador de falta de cuidados diários na hora da escovação e da higienização dos dentes, mas, em alguns casos, pode estar conectada a problemas mais graves, como diabetes mellitus ou ainda distúrbios gastrointestinais. O tabagismo também é associado com a questão.

Por que o mau hálito ocorre em pessoas com diabetes?

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Quando o paciente diabético não realiza o tratamento médico e fica sem insulina, os níveis elevados de açúcar no sangue aumentam também os níveis de glicose na saliva. É como se as bactérias da boca recebessem um banquete, já que se alimentam da glicose.

A halitose surge “devido às variações no nível de glicose do corpo que ocorre quando o diabetes se apresenta descontrolado, e isso leva os diabéticos a apresentarem alterações no hálito”, pontua Gobor.

Ao longo do tempo, as bactérias e os restos de alimentos formam placas e podem também causar cáries, doenças periodontais e até a perda do dente, o que reforça a importância de pacientes com diabetes priorizarem os cuidados da higiene bucal, assim como fazem com os olhos — o que evita a retinopatia diabética, responsável por causar cegueira.

Mau hálito como sintoma do diabetes

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Para pessoas que não têm diagnóstico para o diabetes, o mau hálito constante deve ser encarado como um possível sintoma. Afinal, “o diabetes geralmente não apresenta sintomas ou dor, mas há certos sinais que acendem uma luz de alerta e que em muitos casos são relacionados com a saúde bucal”, explica a dentista.

“O aparecimento de secura na boca, aftas e cáries são os sintomas mais comuns dos diabéticos que podem levar ao mau hálito. O diagnóstico correto ajuda tanto com a diabetes quanto com a halitose”, complementa.

Vale pontuar que conhecer esses indicadores não óbvios do diabetes é fundamental, ainda mais considerando as previsões globais para o aumento da prevalência da condição. É estimado que, até 2050, mais de 1,3 bilhão de pessoas irão conviver com a doença, sendo que o diabetes tipo 2 será a forma mais comum.

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Como prevenir a halitose do diabetes?

Mesmo que a halitose seja mais comum em pessoas com diabetes, isso não significa dizer que todo diabético tem mau hálito. O ponto é que esses indivíduos devem ter atenção redobrada durante os cuidados que devem ser diários.

Confira as melhores formas de prevenir a halitose:

  • Escovação dos dentes após cada refeição;
  • Uso de fio dental uma vez ao dia, preferencialmente antes de dormir;
  • No caso dos diabéticos, realizar o tratamento médico conforme a orientação;
  • Evitar alimentos e bebidas muito açucaradas;
  • Não fumar;
  • Manter o corpo hidratado, o que reduz a “secura” da boca;
  • Ao identificar alguma alteração nos dentes ou na gengiva, é importante buscar orientação de um profissional.
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“A intervenção precoce pode ajudar a identificar e resolver possíveis problemas antes que eles piorem, reduzindo o risco de desenvolver complicações dentárias”, completa a dentista, reforçando a importância de check-ups regulares.

Fonte: Com informações: Diabetes UK e University of Rochester