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Mais de 100 casos suspeitos de varíola do macaco são investigados no mundo todo

Por| Editado por Luciana Zaramela | 23 de Maio de 2022 às 14h48

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Brian W.J. Mahy/CDC
Brian W.J. Mahy/CDC

Já foram confirmados 92 casos com ainda 28 suspeitos de varíola dos macacos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em países da Europa, Estados Unidos e Oceania, locais onde a doenças não é endêmica, ou seja, veio de fora. Normalmente, o vírus circula apenas na África Central e Ocidental, mas começou a s espalhar pelo mundo neste mês. Na República Democrática do Congo, mais de 1,2 mil possíveis casos foram registrados desde o início do ano.

Até o momento, são 15 países afetados fora do continente africano: Reino Unido, França, Bélgica, Alemanha, Holanda, Suécia, Itália, Portugal, Espanha, Estados Unidos, Austrália, Israel, Canadá, Áustria e Suíça, que registrou seu primeiro caso nesta segunda-feira (23). Na Alemanha, o primeiro caso identificado na última sexta-feira (20) foi em um paciente brasileiro, posto em isolamento em uma clínica de Munique.

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Contaminação e perigos

Segundo especialistas, a varíola dos macacos não é tão contagiosa quanto a covid-19, sua transmissão é diferente e pode ser melhor controlada. Ela pode ser contraída a partir da exposição a feridas na pele, mucosas, gotículas respiratórias, fluidos corporais infectados ou objetos infectados, como tecidos. O contato próximo com uma pessoa infectada, então, é necessário para a transmissão.

Em alguns dos países afetados, como o Reino Unido, a transmissão vem ocorrendo de forma comunitária, segundo autoridades — ou seja, o contágio é entre pessoas do mesmo território que não tem histórico de viagem, e o vírus não tem origem definida. O Ortopoxvirosis simia, vírus causador da varíola dos macacos, costuma passar de animal para humano, de forma esporádica.

Inicialmente, os sintomas da doença são semelhantes aos da gripe, com febre, calafrios, fadiga, dores de cabeça e fraqueza muscular, também presentes na varíola tradicional, que se diferencia pelas erupções cutâneas, principalmente nas mãos e pés, mas que podem surgir até mesmo no interior da boca.

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Os abscessos causados ficam cheios de fluido e costumam ser envoltos por círculos vermelhos, virando feridas, que desaparecem sozinhas de duas a três semanas após seu surgimento. Há, no entanto, o relato de casos mais graves. Não há tratamento específico para a doença, mas a OMS informa que a vacina contra a varíola tradicional tem eficácia de 85% contra a versão dos macacos.

No Reino Unido, doses do imunizante variólico foram oferecidas a profissionais de saúde, bem como a pessoas com possível exposição ao patógeno. Até o momento, o risco de uma pandemia é considerado baixo, com alertas sendo mais dirigidos a quem trabalha na saúde, além de pessoas com mais riscos de desenvolver sintomas severos, como imunossuprimidos e crianças.

Fonte: CNN, O Globo via IG