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Made in Brazil: empresa cria papel capaz de inativar o coronavírus

Por| Editado por Luciana Zaramela | 11 de Junho de 2021 às 08h30

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freestocks/Unsplash
freestocks/Unsplash

Recentemente, o Canaltech apresentou 5 itens do dia a dia que podem te proteger da COVID-19. E acabou de chegar mais um: papel. Acontece que a Nanox Tecnologia (em parceria com a Irani Papel e Embalagem) anunciou o primeiro papel antiviral, antibacteriano e antifúngico do país.

Esse tipo de papel é produzido por meio de micropartículas de prata, tornando-o capaz de inativar o novo coronavírus em caso de contato com superfície contaminada. Segundo a Nanox, o produto passou por diversos testes, e os ensaios comprovaram que o papel é capaz de inativar o coronavírus, apresentando uma eficácia de 99,9% em cinco minutos e de 99,99% para o contato de 10 minutos.

O papel que inativa a COVID-19 é produzido na mesma linha de fabricação dos demais produtos da fabricante, e durante o processo de produção, recebe as micropartículas de prata em sua composição, o que garante que a proteção seja efetiva durante todo o ciclo primário do produto, garantindo a capacidade de inativação, justamente pelo fato das micropartículas de prata estarem inseridas em sua estrutura.

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O processo de inativação do coronavírus, assim como o de outros vírus, fungos e bactérias, ao ter contato com o papel, se dá a partir da reação das micropartículas de prata ao vírus. "Ele entra em contato com a prata e passa por um processo de oxidação, que ocasiona a quebra de sua membrana e faz sua inativação", explica Gustavo Simões, doutor em química e pesquisador.

O efeito antiviral no papel só pode ser prejudicado quando a camada em que é aplicado for, por exemplo, raspada ou quando for reciclada. No processo de reciclagem, o composto acaba sendo diluído com outros produtos e, assim, pode perder sua atuação como bactericida.