Luz no fim do túnel? OMS vê cautelosamente o fim da pandemia se aproximar
Por Nathan Vieira | Editado por Luciana Zaramela | 03 de Novembro de 2021 às 13h30
A pandemia de covid-19 já está próxima de completar seu segundo ano, e em meio à vacinação em massa, os especialistas enxergam com um otimismo calculista o "início do fim" dessa situação. Com isso em mente, atualmente a ideia é mapear quando e onde a covid-19 fará a transição para uma doença endêmica em 2022.
- O que é “fadiga da pandemia” e por que ela está preocupando os europeus
- As piores pandemias da história
- Pandemia gera impactos no estilo de vida da população brasileira, segundo estudo
Os cientistas esperam que os primeiros países a emergir da pandemia terão alguma combinação de altas taxas de vacinação e imunidade natural entre as pessoas infectadas com a doença, como Estados Unidos, Reino Unido, Portugal e Índia. No entanto, as estimativas ainda são bem cautelosas, considerando principalmente que se trata de um vírus imprevisível.
De acordo com Maria Van Kerkhove, epidemiologista que lidera a Organização Mundial da Saúde (OMS), deve-se obter controle sobre o vírus até o final de 2022, reduzindo significativamente as formas graves da doença e as mortes. Até o final de 2022, a OMS pretende que 70% da população mundial seja vacinada, o que pode levar a um cenário muito diferente, epidemiologicamente falando.
Segundo a OMS, os casos e mortes de covid-19 vêm diminuindo desde agosto em quase todas as regiões do mundo. Mas a preocupação é justamente que os países reduzam as medidas preventivas (como o uso de máscara, distanciamento, etc.) sob uma impressão equivocada de que a pandemia já terminou.
Mesmo onde os casos aumentam à medida que os países diminuem as restrições à pandemia, como no Reino Unido, as vacinas parecem estar mantendo as pessoas fora do hospital. Ainda assim, a variante Delta continua sendo uma verdadeira preocupação aos especialistas.
Ainda se espera que a covid-19 continue a ser um grande contribuinte para doenças e mortes nos próximos anos, assim como outras doenças endêmicas como a malária. Alguns especialistas dizem que o vírus acabará por se comportar mais como o sarampo, que ainda causa surtos em populações onde a cobertura vacinal é baixa.
Fonte: Reuters