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LSD pode reativar cognição, segundo estudo

Por| Editado por Luciana Zaramela | 03 de Agosto de 2022 às 19h50

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imustbedead/Pexels
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Cientistas brasileiros destacaram um potencial do LSD em reativar a cognição. As descobertas foram publicadas na Experimental Neurology. Para conduzir a análise, os pesquisadores contaram com um modelo computacional e investigaram dados bioquímicos.

Já faz um bom tempo que a ciência se concentra nos efeitos do LSD para o cérebro, e a ideia dos pesquisadores da UFRN, UFRJ e Unicamp foi testar a relação da droga com humanos e ratos, para perceber a diferença. Eles submeteram 25 voluntários a duas sessões experimentais, uma com dose de 50 mcg de LSD e outra com placebo, para comparar seu desempenho em diferentes tarefas cognitivas.

O estudo também se atentou a 76 ratos tratados com LSD, sob a premissa de verificar a permanência da memória de objetos conhecidos e a motivação para investigar novidades. A equipe ainda investigou o efeito bioquímico do LSD em minicérebros (organoides cerebrais cultivados a partir de células-tronco).

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Os cientistas submergiram esses cérebros no LSD por 24 horas até que fossem dissolvidos, e então compararam suas proteínas com os minicérebros que não tiveram contato com a substância. Um total de 3.448 proteínas foram identificadas nos dois grupos, das quais 234 (6,8%) com expressão significativamente alterada pela droga.

Os autores do estudo concluíram que a administração prévia de LSD aumenta a plasticidade neural nos organoides de neurônios humanos, aumenta a preferência por novos objetos em ratos e melhora a memória visuo-espacial em humanos.

O grupo agregou modelos computacionais que simularam o efeito da substância em redes neurais e mostraram que a plasticidade neural induzida pelo LSD explica satisfatoriamente os ganhos cognitivos em ratos e humanos. Agora a ideia é explorar a interação entre LSD e ratos idosos, a fim de verificar se acombinação traz resultados cognitivos tão positivos quanto os observados em animais adultos e jovens.

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Fonte: Experimental Neurology via Folha de S. Paulo