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Julho Amarelo: dá para ter hepatite sem apresentar sintomas?

Por| Editado por Luciana Zaramela | 03 de Julho de 2023 às 11h51

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julien Tromeur/Unsplash
julien Tromeur/Unsplash

Nos últimos 20 anos, o número de novos casos de hepatites virais caíram na maioria das regiões do Brasil, exceto no Norte e no Nordeste. No atual cenário, a inflamação no fígado causada por um vírus ainda pode ser mortal e representa uma séria ameaça à saúde pública. Durante o Julho Amarelo, é necessário reforçar que nem sempre a doença está associada com sintomas, especialmente nos casos das hepatites B e C.

No país, o risco de óbito é significativamente maior quando a pessoa é infectada pelo vírus da hepatite C, segundo dados coletados ao longo dos últimos 20 anos pelo Ministério da Saúde. Entre as explicações, está o fato de alguns indivíduos terem a condição de forma assintomática, enquanto a infecção no fígado avança e provoca danos severos ao corpo. Quadros crônicos e não tratados são associados com o risco aumentado para câncer no fígado, cirrose (doença crônica do fígado) e necessidade de transplantes, destaca a pasta.

Vale pontuar que, entre os anos 2000 e 2021, foram diagnosticados mais de 718 mil casos de hepatites virais, sendo a hepatite C a mais comum (279 mil casos). Em seguida, estão a hepatite B, com 264 mil casos, e a A, com 168 mil casos. Em relação aos óbitos, a hepatite C é a mais mortal, sendo responsável por 62 mil das 82 mil mortes no período analisado.

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Hepatite sem sintomas

No Brasil, o Ministério da Saúde aponta para a presença de três principais tipos de hepatites virais, a A, B e C. Destas três, apenas a primeira, a hepatite A, é facilmente identificada pelos sintomas.

A hepatite A é conhecida pelos sintomas gastrointestinais (diarreia), dores musculares e fadiga. A infecção tende a ocorrer após o consumo de alimentos não higienizados ou em locais sem saneamento básico — enchentes são normalmente associadas com uma explosão de casos. Apesar de potencialmente grave, é controlável e não provoca infecções crônicas.

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Diferente da A, as hepatites B e C tendem a se tornarem crônicas, já que podem ser assintomáticas ou com sintomas inespecíficos, como um quadro que é semelhante ao de uma gripe. Nesses casos, o paciente só descobre quando a doença já está em estágio avançado.

A transmissão das hepatites B e C acontece a partir do contato direto com sangue contaminado, o que pode ocorrer durante um procedimentos estéticos ou de saúde que não atendem aos padrões de segurança. Outra via de contaminação é através das relações sexuais desprotegidas, prioritariamente em casos da hepatite C. A mãe ainda pode transmitir a doença para o bebê em alguns cenários.

Pessoas com maior risco para a hepatite?

Diante das formas de transmissão da hepatite viral, alguns hábitos podem aumentar o risco de transmissão, como o não uso de preservativos durante as relações sexuais. Outro caso é o de mulheres que frequentemente vão a uma manicure fazer as unhas, usando alicates e outros instrumentos não higienizados corretamente. Homens que compartilham lâminas de barbear também têm risco aumentado. De forma geral, a probabilidade é maior entre aqueles que têm 40 anos ou mais.

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A seguir, confira a lista completa de fatores de risco para a hepatite B e C:

  • Pacientes de hemodiálise, quando o local do tratamento não atende às normas de biossegurança;
  • Ter diabetes ou hipertensão (pressão alta);
  • Ter realizado procedimentos invasivos (estéticos ou cirúrgicos), sem cuidados de biossegurança;
  • Fazer tatuagem ou colocar piercing em locais que não adotam medidas adequadas de higiene;
  • Ter realizado transfusões sanguíneas antes de 1993, quando o material não era testado para a doença;
  • Uso de drogas injetáveis, onde o compartilhamento de seringas tende a ser mais comum;
  • Pessoas que não utilizam preservativos durante as relações sexuais (especialmente em relação à hepatite C).

Exames e vacinas para hepatite

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Se a pessoa tem um risco aumentado para a hepatite e adota comportamento de risco em relação à infecção, ela deve fazer testes regulares para a doença. No Sistema Único de Saúde (SUS), está disponível gratuitamente o teste rápido, com resultado que sai na hora. Hospitais, laboratórios e clínicas particulares também realizam exames do tipo.

Com o diagnóstico, é possível iniciar o tratamento e, com isso, curar completamente o indivíduo, dependendo do estágio da doença. Pensando na prevenção das hepatites A e B, vacinas estão amplamente disponíveis no SUS, sendo necessárias uma dose e três doses, respectivamente. Até o momento, não existe uma imunizante seguro e eficaz contra a hepatite C.

Fonte: Ministério da Saúde (1) e (2)