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Isolamento pode salvar um brasileiro a cada 4 minutos, diz pesquisa da USP

Por| 19 de Maio de 2020 às 14h12

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Reprodução: AFP
Reprodução: AFP

Pesquisadores do Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI), da Universidade de São Paulo (USP), concluiram, com base em dados científicos, que o isolamento social pode verdadeiramente salvar várias vidas nesta pandemia do novo coronavírus.

O projeto começou quando os alunos Claudia Sagastizábal e Paulo José da Silva, em colaboração com Alexandre Delbem e Tiago Pereira, ajustaram o modelo epidêmico Seir, que representa a taxa de replicação do vírus SARS-CoV-2, descobrindo o quanto ela varia no tempo.

O objetivo do estudo era identificar tendências na evolução da taxa de propagação do vírus, ou ainda a desaceleração da epidemia com o início das medidas de isolamento social implementadas no dia 24 de março.

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Paulo Silva, também professor do Instituto de Matemática, Estatística e Computação Cientíca (IMECC) da Unicamp, conta que, primeiramente, foi feita a análise em todo o Brasil, focando posteriormente nos estados de Maranhão, São Paulo e Rio de Janeiro, entre outras grandes regiões.

O estudo foi baseado em dados oficiais sobre a COVID-19 no Brasil. No entanto, vários casos acabam sendo deixados de lado, uma vez que os testes não estão acessíveis a todos e apenas situações críticas são consideradas para testagem. A pesquisa concluiu que, a partir do dia 4 de maio até o dia 19, totalizando 14 dias, 5.513 vidas seriam salvas pelo isolamento social, sendo o equivalente a uma vida salva a cada quatro minutos.

"Objetivamente, esse estudo mostra a eficiência do isolamento e se torna preocupante quando analisamos os picos previstos pelo modelo Seir, que ainda são extremamente altos. Isso sugere que é imperativo que os governos busquem alternativas de controle da epidemia para que não enfrentemos colapsos nos sistemas de saúde em breve", completa Claudia Sagastizábal, também professora do IMECC na Unicamp.

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Fonte: Jornal da USP